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FC Famalicão SAD reivindica novo estádio. Mário Passos não quer “comprometer as finanças municipais”

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O presidente do Futebol Clube de Famalicão SAD, Miguel Ribeiro, não esconde o seu descontentamento por ainda não ter avançado a construção do novo estádio. O dirigente disse mesmo, em declarações aos jornalistas, esta semana, no final e um jogo treino que o “o FC de Famalicão, hoje, é mais forte que Famalicão”.

Miguel Ribeiro sustenta que o clube “tem uma equipa capaz, competente, que já vai com três anos de I Liga e agora está no quarto a lutar pelos principais lugares”, mas que, depois “chega a um estádio que é de nível reduzido, talvez um estádio de II Liga”. “É fácil concluir que a distância que vai entre o Famalicão e Famalicão, deste ponto de vista, é gritante”, acrescenta.

O presidente da SAD assume, por isso, que o novo estádio é “um projeto capital dentro da nossa esfera de crescimento”, mas lança as responsabilidades para a Câmara Municipal de Famalicão, detentora do espaço.  “A indicação que temos é que vai avançar, mas pouco podemos fazer quanto a isso. Se me pergunta: o Famalicão não anda para a frente, enquanto não tiver esse estádio? Não tenho a mínima dúvida. O Famalicão e Famalicão estão completamente estagnados, enquanto tiverem este estádio”, atira Miguel Ribeiro que vai ainda mais longe, quando afirma que o clube “felizmente, tem uma SAD ativa, que tem algum poder do ponto de vista desportivo e financeiro, que vai continuar a branquear e a mascarar o que é o Famalicão e o que é Famalicão”.

MÁRIO PASSOS RECONHECE NECESSIDADE MAS APELA À PONDERAÇÃO

Recorde-se que a Câmara Municipal chegou, ainda no anterior mandato, a apresentar um projeto de renovação do Estádio Municipal e a lançar o concurso público para o mesmo no valor de cerca de oito milhões de euros, que ficou deserto porque todas as propostas apresentadas superavam em muito esse valor, sendo mais baixa de cerca de 12 milhões de euros.

A este propósito, o presidente da Câmara, Mário Passos reconhece a necessidade de um novo estádio em Famalicão, mas quer “apresentar aos famalicenses um projeto que desenvolva o estádio mas não comprometa as finanças municipais”.

“O estádio é muito importante para o concelho de Famalicão, tal como precisamos de uma pista de atletismo, de um skateparque e de continuar a apetrechar o nosso tecido associativo desportivo, porque isso, no seu conjunto, é que é a imagem do concelho”, disse ainda o edil, em declarações aos jornalistas no final da reunião de Câmara desta quinta-feira.

Mário Passos adianta que a autarquia está a “estudar metodologias, por forma a que se possa atenuar o efeito do custo do estádio nas finanças municipais” e assegura que não vai “fazer nada de forma leviana”.  Algo que, de resto, garante já ter explanado quer ao clube quer à SAD.

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