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Famalicão presta homenagem a Margarida Malvar

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A associação Casa da Memória Viva (CMV) vai promover, no próximo dia 1 de dezembro, uma homenagem pública a Margarida Malvar, decana das advogadas famalicenses e cidadã desde muito jovem comprometida com a Liberdade, a Democracia e a dignificação da Mulher.

A homenagem tem lugar na Casa das Artes, a partir das 17 horas, e incluirá um concerto pelo Coral de Letras da Universidade do Porto, dirigido e acompanhado ao piano pelo professor Fausto Neves, de cujo repertório constarão nove “Canções Heroicas”, de Fernando Lopes-Graça.

A iniciativa contará também com a presença dos poetas Cristina Pizarro e Salvador Coutinho, que declamarão poemas de sua autoria.

A entrada é livre, mas requer o prévio levantamento de bilhete, disponíveis nos seguintes estabelecimentos comerciais: OPS Seguros, Pipe’s Bazar, Fontenova Livraria e Casa Freitas. Também podem ser levantados na Casa das Artes, no próprio dia do evento, entre as 14h00 e as 16h30.

Maria Margarida Braga Malvar nasceu em Gavião, há 78 anos, e sempre viveu em Famalicão. Foi a primeira mulher famalicense a licenciar-se em Direito e a exercer advocacia no concelho. Entre 1990 e 1992, presidiu à delegação concelhia da Ordem dos Advogados, instituição que recentemente lhe atribuiu a sua “Medalha de Honra”.

Mantém, desde antes do 25 de Abril, uma grande atividade cívica e política, tendo sido uma das poucas mulheres candidatas pelas forças da Oposição Democrática nas eleições para a então Assembleia Nacional, durante os 48 anos de fascismo. Aconteceu em 1969, quando Margarida Malvar, então com 25 anos, integrou a candidatura da CDE por Braga.

Depois do 25 de Abril, teve um papel importante na defesa e consagração institucional dos direitos das mulheres trabalhadoras e foi autarca em Famalicão.

Em 1982, substituiu na Câmara Municipal António Pinheiro Braga – que havia presidido à Comissão Administrativa legitimada pelos militares de Abril – e pouco depois renovou o lugar na vereação, ao ser eleita pela APU – Aliança Povo Unido, no mandato 1982/1985. Posteriormente, ainda foi deputada municipal.

Em 2004, pelas mãos do presidente da Câmara de então, Armindo Costa, foi agraciada com a “Medalha de Honra do Município”.

Em 2014, foi homenageada na Assembleia da República, a par de todos os advogados dos presos políticos na ditadura do Estado Novo, numa iniciativa do “Movimento Não Apaguem a Memória”.

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