Opinião
Problemas prementes em Famalicão
Nas duas últimas semanas, por motivos de saúde, não me desloquei à cidade. Por esta razão não sei da “evolução” das atividades camarárias ou outras a não ser pelo que saiu na comunicação social e redes sociais. Ora, precisamente nesse período “de ausência”, foram dadas a conhecer 3 ou 4 situações, que comportam outras tantas conclusões – ou não – de obras e medidas apresentadas e propagandeadas como sendo de elevado e primordial interesse para Famalicão e dos famalicenses.
1. A intervenção urbanística junto do Tribunal já tem uma parte da obra concluída, o edifício para superfície comercial, com respetivos parques para clientes e com arruamentos para todos os acessos dos potenciais clientes, aliás o seu objetivo primordial. O início das obras na Av. Pinheiro Braga, que decorriam a toda a velocidade, foi anunciado com grande enfase, e não era para menos. Porém, como se vê, o objetivo principal foi servir o interesse privado. A superfície comercial fez uma espécie de inauguração com as autoridades públicas, no dia 8, e abriu definitivamente ao público, no dia 9. Com o que está feito já dá para perceber um pouco que a zona verde de “continuidade” do Parque de Sinçães não será mais que uma estreita faixa, ladeando ou cobrindo a ribeira local… Sairemos defraudados nas expectativas.
2. O Município Famalicense “vai dar um impulso” à oferta de casas para arrendar a preços controlados, no âmbito do programa 1º. Direito. Quem lesse apenas os títulos da comunicação social e das redes sociais ficaria com a ideia errada de que se trata de um investimento apenas da Câmara. Contudo trata-se de um contrato com o IHRU para o avanço do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, com um total de €62 milhões. Uns gostam, outros não, mas, na verdade, é um grande impulso do Estado – Administração Central e Autarquia para tentar dar solução a um grave problema social dos famalicenses – como do país, como seja a falta de habitação a preços condignos, para compra ou para arrendamento.
Mas estas respostas sociais demoram sempre muito tempo a implementar e a resposta era precisa para ontem. Esperemos que com as medidas apontadas a semana passada pelo Governo os processos e as soluções sejam mais céleres. E também que haja muito menos sectarismo e populismo à esquerda e à direita.
3. Na solução para o atravessamento rodoviário e pedonal da Av. 9 de Julho já levamos 20 anos de atraso! Havia um projeto da Câmara socialista que a coligação PSD/CDS, de Armindo Costa, “meteu na gaveta” com o argumento de que tinha uma solução melhor. Tal não deu à luz e, hoje, tudo será muito mais caro.
A decisão do Município, presidido por Mário Passos, começa por enunciar o interesse público nos acessos a Talvai e ao CHMA e num Parque de Estacionamento Público. E não é que parece justo? É! Mas depois lá vem: haverá comércio, habitação e serviços, como não podia deixar de ser… Aqui a “porca torce o rabo”. Se do lado ascendente da avenida, predominam espaços comerciais e habitações em regime de propriedade horizontal, a mesma solução pode continuar sem chocar; precisamente do lado oposto só há vivendas individuais ou, eventualmente, geminadas, pelo que uma solução diferente não será nada tranquilizadora, sobretudo se por ali “aparecerem mamarrachos”, como na rua Conceição Matos Silva e outros.
Acresce que as traseiras do CHMA, para além de só terem vivendas, está “encurralada” na antiga passagem de nível, na atual grande zona habitacional do Vinhal, sem pontos de “fuga” a não ser pela rua Cupertino de Miranda, rua Fernando Pessoa e largo da Cruz Velha!
Muito tem o dr. Cândido, premonitório, chamado à atenção para a imperiosa preservação de espaço no imóvel rústico entre as ruas Norton de Matos e do Príncipe Real, para a “necessária ampliação do Hospital”. A minha sugestão é que ali se construam todos os Serviços de Apoio e aparcamentos e, por um túnel se aceda ao hospital, com todo o espaço de aparcamento nas traseiras destinado a quaisquer ampliações, pois tem “pano para mangas”.
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