Famalicão
PS teme que projeto da Medway leve à destruição da ecopista de Lousado
O projeto da empresa Medway de construção de um Terminal Ferroviário de Mercadorias em Lousado – o maior da Península Ibérica – está a suscitar algumas dúvidas, levantadas nas duas últimas reuniões de Câmara pela vereadora do Partido Socialista, Maria Augusta Santos, que é também lousadense.
Em causa está a ecopista da freguesia, inaugurada há pouco mais de um ano, e que, segundo a vereadora, poderá estar em risco, face à pretensão da Medway em alargar o projeto inicialmente previsto.
Maria Augusta Santos disse ter sido alertada para a suposta pretensão da empresa em transformar o canal da antiga via-férrea, onde foi construída a 1ª fase da ecopista, em “parque de estacionamento de carruagens com contentores”.
Nesse sentido, a socialista questionou o presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, sobre o assunto, querendo saber se tinha conhecimento destas alterações ao projeto inicial e qual a posição do executivo face à possível destruição da ecopista, acrescentando que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Lousado “não podem permitir que isto aconteça”.
Na resposta, Mário Passos disse que a única alteração que a Medway deu conhecer à autarquia foi a de acrescentar mais uma linha no sentido sul-norte, não tendo chegado aos serviços municipais “ainda nenhum pedido de licenciamento, nem qualquer pedido sobre os terrenos da ciclovia”, considerando que esse era “um não assunto”.
Na reunião do executivo realizada na passada quinta-feira, a vereadora do PS voltou à carga para citar o Relatório Síntese do Estudo de Impacte Ambiental do Terminal (datado de abril de 2020), segundo o qual “a inserção a norte, que permitirá fazer os comboios de/para Norte, teve de ser realizada junto da inserção Sul, tendo em consequência que deve ser previsto um topo de Receção/Expedição dos comboios a Sul a construir sobre o antigo canal ferroviário da Linha do Minho”.
Ora foi, exatamente nesse antigo canal que foi inaugurada há pouco mais de um ano a primeira fase da ecopista de Lousado, o que levou a socialista a questionar novamente Mário Passos se ainda considerava esta questão “um não assunto” e se “os lousadenses podem confiar que a Câmara Municipal zelará pela salvaguarda dos seus mais elementares e legítimos interesses, não permitindo tamanha aberração”.
Mais uma vez, o edil famalicense disse que a Medway não apresentou, até ao momento, qualquer pedido de licenciamento para ocupação do canal da antiga via-férrea. Lembrou que do Terminal Ferroviário de Mercadorias “é muito importante para Famalicão, para a região e para o país”, garantindo que o seu executivo “irá procurar um equilíbrio entre aquilo que a empresa necessita para desenvolver o seu projeto e os interesses dos lousadenses”.
PAN também quer explicações
Entretanto, também o PAN de Famalicão solicitou à Câmara de Famalicão “um cabal esclarecimento sobre a eventual destruição da ecopista de Lousado, para que seja substituída por um troço ferroviário, a serviço da empresa Medway”.
“Dizer que é um não assunto, como referiu o presidente Mário Passos, diz zero sobre a sua posição. O que precisamos saber é se perante um eventual pedido, vai ou não aceitar o mesmo”, afirma a porta-voz do partido Sandra Pimenta.
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