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Opinião

Uma semana depois, o balanço

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Por José Miguel Silva

É arriscado, ao tempo a que escrevo este artigo, não estando todos os votos contados fazer um balanço.

No entanto, a esta hora, e no próprio dia das eleições há alguns balanços que se podem fazer.

O primeiro, a abstenção diminuiu o que é de saudar.

O segundo, a grande conclusão da noite eleitoral é que os portugueses não quiseram dar palco não só ao PS como a toda a esquerda, resultado dos desastrosos últimos 8 anos de governação de esquerda. Pedro Nuno Santos foi o primeiro a perceber.

O terceiro e não menos importante, mais de 1 milhão de portugueses votou na revolta sem ideologia e essa deve ser a grande reflexão dos partidos do chamado “arco da governação”.

As concelhias, as distritais dos partidos têm urgentemente de começar uma reflexão interna onde possam perceber porque é que os portugueses tanto desconfiam das suas intenções, tal como aconteceu no passado 10 de março.

Paulo Portas na sua enorme sapiência dizia que “à direita do CDS há uma parede”.

Talvez, hoje, com o governo de Luís Montenegro os portugueses percebam o que Portas quis dizer. Porque à direita do CDS (que felizmente voltou ao Parlamento, a bem de Portugal) essa parede está mais vincada.

Do lado da AD a parede está marcada pela governação de previsibilidade, de crescimento económico, da baixa da carga fiscal.

Na parede à direita do CDS, o Chega que também consegue estar à esquerda do PS (BE), é tudo e o seu contrário da AD, não tem quadros, não tem experiência governativa, nem sequer uma estrutura que sustente o seu próprio crescimento.

NOTA DA REDAÇÃO: Por lapso, na edição impressa do jornal OPINIÃO Publica desta semana, este artigo foi publicado como sendo da autoria de José Leite, quando, na verdade é da autoria de José Miguel Silva. Aos visados e aos leitores, endereçamos o nosso pedido de desculpas.

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