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Casa da Memória Viva vai evocar o “Verão Quente“ de 75 em Famalicão

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A Casa da Memória Viva (CMV) vai evocar o “Verão Quente” de 1975 em Famalicão com uma exposição de fotografias inéditas e com uma conferência subordinada ao tema “Famalicão Cidade Aberta”, a decorrer durante o mês de abril. 

Nos primeiros dias de agosto de 1975, num dos momentos mais difíceis do processo de implantação da Democracia em Portugal, milhares de famalicenses saíram à rua para expressar a sua recusa pelas opções do Governo de então para o país. Tudo começou, todavia, com um facto local: a intervenção do Estado numa grande empresa têxtil do concelho. Estávamos no auge do chamado PREC – Processo Revolucionário em Curso e a então vila de Famalicão tornar-se-ia, durante uma semana, no principal centro das atenções dos decisores políticos e da comunicação social de todo o mundo.

Cinquenta anos depois a Casa da Memória Viva – Associação Cívica Famalicense vai evocar esses acontecimentos com o objetivo de “avivar a memória coletiva e homenagear quem, em 1975, saiu à rua com o risco da própria vida”, explicou Carlos Sousa, presidente da CMV, na apresentação da iniciativa à imprensa. Mas a iniciativa pretende também “relançar o debate em torno do futuro de Famalicão, concretamente, do território, da comunidade e das pessoas que aqui vivem e trabalham”, completou.

Nesse sentido, no dia 26 de abril, na Fundação Cupertino de Miranda, irá realizar-se a conferência “Famalicão Cidade Aberta”, em que “o ponto de partida é  1975, mas o desafio é antecipar respostas aos desafios que os próximos 50 anos nos colocam”, sublinha Carlos Sousa. 

A decorrer ao longo de todo o dia, a conferência versará sobre três eixos: pessoas, território e comunidade e contará com um leque de oradores, todos famalicenses, das mais variadas áreas, desde a cultura à economia, passando pela ciência e ação social. “Pensamos que são pessoas que vêm aportar valor ao debate, apontando caminhos de futuro, numa visão prospectiva para aquilo que se pretende para Famalicão como cidade média, num país em transformação e num mundo que se está a fechar”, afirma Carlos Sousa.  

Entre os palestrantes estão nomes como Jorge Moreira da Silva, sub-secretário geral das Nações Unidas; D. Jorge Ortiga; arcebispo emérito de Braga; Helena Freitas, bióloga e diretora do Parque de Serralves; ou Carlos Maurício Barbosa, membro do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

50 fotografias inéditas

No dia 4 de abril, no Museu Bernardino Machado, é inaugurada a exposição “Agosto de 1975- Famalicão no Mapa da Revolução”, que vai reunir 50 fotografias do fotojornalista António Pereira de Sousa, que esteve em reportagem em Famalicão nesse “verão quente”. “É um acervo de altíssimo valor, que nos foi generosamente doado por António Pereira de Sousa e que nós vamos mostrar pela primeira vez”, conta o presidente da Casa da Memória Viva.

A mostra vai estar patente até ao dia 4 de maio e a inauguração, no dia 4 de abril, às 17h00, contará com a presença do autor.

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