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Famalicão

25 de Abril celebrado em Famalicão com apelo ao fortalecimento da democracia

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A liberdade e a democracia é algo que não está adquirido mas para o qual é preciso continuar a pugnar todos os dias. Esta foi a mensagem comum deixada nos discursos da sessão solene do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Famalicão.

As comemorações abriram com o Hino Nacional interpretado pela Banda de Famalicão e o hastear da Bandeira Nacional, desta vez a meia haste devido ao luto nacional decretado pelo falecimento do Papa Francisco.Também antes dos discursos, foi cumprido um minuto de silêncio pelo falecimento do papa. 

O presidente da Câmara abriu as intervenções e aproveitou para fazer uma espécie de balanço do mandato, enumerando as obras e os investimentos realizados em várias áreas. Mário Passos defendeu hoje que “a democracia precisa de uma cidadania comprometida com a verdade” e de um “exercício político com respeito pelos compromissos assumidos e com o bem comum como referência maior e exclusiva da sua atuação”.

Da saúde à habitação, da educação ao desporto, das freguesias aos transportes, da juventude à solidariedade social, da cultura à economia, o autarca famalicense elencou várias medidas, ações e projetos promovidos pelo executivo. “Sinto que cumpri Abril. Respeitei os famalicenses todos os dias da minha gestão, protegi as gerações futuras, cumpri com os compromissos assumidos” e “Vila Nova de Famalicão é, hoje, um concelho que olha o futuro com enorme confiança”, disse.

Mário Passos deixou ainda uma palavra de confiança a todos os famalicenses. “Guiamo-nos pela esperança, pela confiança e, sobretudo, pelo sentido de responsabilidade, pela capacidade de trabalho, de planeamento e de boa gestão”.

Depois intervieram os representantes das forças políticas com assento na Assembleia Municipal. Pela CDU, Sílvio Sousa, sublinhou que “os valores de Abril permanecem atuais” e que “hoje, mais do que nunca, é importante defender esses valores”. 

Já Pedro Alves, pelo Chega, considerou o aniversário da revolução dos Cravos mostra que “foram 51 anos com muitas oportunidades perdidas”, considerando que as comemorações “ficam ensombradas” porque estão envolvidas “no cenário de crise que hoje vivemos”. 

Pelo CDS, Ricardo Mendes enfatizou que o 25 de Abril “é a data maior da democracia portuguesa, que foi consolidada com o 25 de Novembro de 1975”. Disse também que, hoje, em Portugal “ainda temos pessoas interessadas em dar o corpo à causa pública”, mas alertou que “vivemos tempos estranhos” e que “os valores de Abril correm riscos”, assinalando que é preciso “passar à ação na defesa desses valores”. 

Também Luís Miranda, do PS, afirmou que “evocar Abril é assinalar uma mudança de rumo”, mas que a democracia portuguesa “volta a ser novamente comprometida”, alertando para os “discursos extremistas e populistas”.

Pelo PSD, a recém-eleita presidente da JSD, Daniela Torres dirigiu-se aos jovens para dizer que “a liberdade não é um dado adquirido, mas uma conquista” e que Abril “não é um símbolo do passado mas  um compromisso para o presente e para o futuro”.

Homenagem aos ex-presidentes da Assembleia MUnicipal 

A sessão terminou com as palavras do presidente da Assembleia Municipal, João Nascimento, que lembrou que “a construção do processo democrático livre aperfeiçoa-se diariamente, assente nos pergaminhos da liberdade, do respeito, dos princípios e valores que Abril abriu” e salientou o papel do Poder Local no fortalecimento da democracia.

A sessão solene ficou ainda marcada por uma homenagem aos ex-presidentes da Assembleia Municipal de Famalicão na Terceira República, Nesse sentido, foi inaugurada no salão nobre da Assembleia Municipal, a galeria dos ex-presidentes do órgão, eleitos após o 25 de abril de 1974, a saber: Carlos Bacelar, Maria Cândida Vidal Pinheiro, Almeida Pinto, Joaquim Loureiro, Carlos Sá, Artur Lopes e Nuno Melo.

João Nascimento falou de um reconhecimento justo e merecido àqueles que, “na nobreza do serviço à causa pública, dignificaram a Assembleia Municipal de Famalicão e se eternizam na indelével memória do Poder Local democrático”.

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