INAC já garantiu novo espaço para o seu trabalho artístico e de formação 

O Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC), situado em Famalicão, já garantiu um novo espaço para o desenvolvimento das suas atividades.  

Depois de no início de abril ter alertado para o risco de deixar as instalações no Central Park devido ao “aumento absurdo” da renda mensal, o INAC veio, na última semana, anunciar que “conseguiu garantir um novo espaço para o desenvolvimento das suas atividades culturais”.

Em comunicado, o Intitutto diz que este desfecho foi possível  “graças à intervenção decisiva” do presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, e à “colaboração da administração do Central Park”.

“Perante a iminência de perder o armazém onde realizava parte significativa do seu trabalho artístico, formativo e patrimonial, o INAC lançou um apelo urgente ao presidente Mário Passos, que foi sensível à importância do projeto para o território e para o panorama cultural nacional”, afirma o INAC em comunicado. E acrescenta: “o autarca mobilizou esforços junto da administração do Central Park, que respondeu positivamente ao pedido”.

Apesar de se regozijar com a solução encontrada, o INAC  veio a público denunciar de novas dificuldades, nomeadamente, aquilo que diz ser a ausência de resposta do Ministério da Educação para aprovar a formação superior nas Artes do Circo.

Atualmente, o INAC está a desenvolver aquele que poderá ser o projeto da primeira licenciatura em circo em Portugal. “É um objetivo moldado ao longo de dez anos de trabalho efetivo, já que a formação oferecida pelo INAC segue padrões muito próximos dos das universidades e escolas superiores de circo na Europa”, refere o diretor do Instituto, Bruno Machado.

Porém, segundo este responsável, “devido à falta de diálogo, à imensa burocracia e ao desconhecimento generalizado por parte do Estado português sobre a especificidade da arte circense, este processo torna-se praticamente impossível e extremamente penoso”.