Boletim Cultural de Famalicão dedica volume aos 50 Anos do 25 de Abril

As comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril de 1974 dão o mote para mais uma edição do Boletim Cultural de Famalicão, uma das publicações mais antigas do género em Portugal. A apresentação desta edição, que conta com contributos de duas dezenas de autores, acontece já esta sexta-feira, dia 4 de julho, às 18h00, no Museu Bernardino Machado, em Famalicão.

A primeira parte da publicação é composta por artigos de opinião da autoria dos membros da Comissão de Honra das Comemorações Municipais dos 50 Anos do 25 de Abril, seguindo-se uma secção com um apanhado das iniciativas desenvolvidas ao longo do último ano no concelho, no âmbito da efeméride.

A terceira, e última parte, é dedicada à investigação, com três artigos científicos em torno de temas como o Estado Novo, os acontecimentos do período de 1974 a 1976 e o 25 de Abril de 1974 em Vila Nova de Famalicão, bem como, sugestões bibliográficas sobre o tema.

Destaque para o trabalho de Joaquim Forte, “Perspectiva 1974-1976. Um jornal na Revolução”, um artigo em torno do jornal “Perpectiva”, com sede em Joane, que teve 18 edições em papel, publicadas entre julho de 1974 e junho de 1976.

A apresentação do novo volume inclui o momento cultural “As Portas que Abril abriu”, com declamação de António Sousa e acompanhamento de Carlos Carneiro na guitarra clássica, a par de um momento poético com Miguel Abreu.

O Boletim Cultural de Famalicão é uma das publicações mais antigas do género em Portugal, tendo sido lançado pela primeira vez em 1980. As dezenas de volumes já publicados contam com contributos científicos que aprofundam o conhecimento sobre Vila Nova de Famalicão, dando enfâse a assuntos em torno da sua história, do seu património e das suas gentes, contendo valiosos contributos em questões sociais e políticas do nosso tempo.

Na nota de abertura do novo volume, o n.º 5, da VI série, do ano 2024, o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, destaca que o Boletim Cultural é “mais do que um registo do passado, é um convite à participação ativa na vida cultural e cívica da comunidade”. “É uma viagem pelas raízes que nos formam e pelos valores que nos guiam” comenta ainda o edil, deixando um agradecimento a todos os que colaboraram na sua elaboração.