Famalicão
Associação Dar as Mãos que aumentar resposta social aos sem-abrigo
A Associação Dar as Mãos quer aumentar a resposta social aos sem-abrigo em Famalicão. Esta instituição de solidariedade já presta apoio a essas pessoas através da sua cantina social, com o fornecimento de refeições, e dá albergue a seis sem abrigo numa casa que lhe foi disponibilizada pela Câmara Municipal de Famalicão.
Bacelar Ferreira, dirigente da Dar as Mãos, reconhece, porém, que a resposta não é suficiente. “Dizia-se que não havia sem-abrigos em Famalicão, mas a verdade é que eles foram aparecendo. Temos gente a dormir em carros e na rua, como por exemplo junto ao Largo dos Eixidos”, disse o responsável, em entrevista à Fama TV.
Atualmente, a associação dá comida a 18 sem-abrigo que, devido à pandemia, “já não fazem a refeição quente na nossa cantina, mas vão lá buscar a refeição”, explica Bacelar Ferreira, adiantando que, também devido à Covid 19, a Dar as Mãos teve que suspender os banhos que também disponibilizava na sua sede, localizada junto ao mercado municipal.
“Estamos a ver se conseguimos um espaço, com outras condições, para albergar essas pessoas. Estamos em conversações com a Câmara Municipal, porque terá que ser um espaço central, localizado da cidade”, afirma o responsável, acrescentando que a associação “já está a juntar dinheiro para isso”.
Entretanto, a Dar as Mãos vai prosseguindo com o seu trabalho de apoio e integração social e comunitária às pessoas em situação de carência socioeconómica. Um trabalho que, por um lado teve que ser reinventado, tendo em conta as regras de segurança impostas pela pandemia, e que, por outro lado, teve que ser reforçado, dado o aumento de pedidos de ajuda.
“Continuamos a distribuir alimentação confecionada, entre 17 e as 18 horas, na nossa cantina. São 40 pessoas que apoiamos, onde se incluem os 18 sem-abrigo”, conta Bacelar.
Em simultâneo a Dar as Mãos distribuiu ainda 42 cabazes com produtos alimentares a outras tantas famílias do concelho, que recebe do banco Alimentar Contra a Fome. A estes, juntam-se mais uma dezena que a própria associação compõe com donativos que lhe vão chegando de particulares e empresas.
Apesar da crise sanitária e até económica provocada pela pandemia, Bacelar Ferreira reconhece que os famalicenses “continuam a ser generosos e a dar”. Já o trabalho dos voluntários, “vai-se fazendo, sempre com muito cuidado, com todas as regras de proteção, embora notamos que a disponibilidade dos nossos voluntários tem vindo a diminuir, o que é natural”.
A necessidade mais urgente, no entender do responsável, é mesmo a casa para acolher os sem-abrigo. Até lá, a associação vai distribuindo ainda medicamentos, roupas e até móveis aos mais necessitados.
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