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Famalicão

Famalicão com menos 10% de dádivas de sangue em 2020

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Há cada vez mais jovens a dar sangue

As dádivas de sangue em Famalicão caíram cerca de 10% em 2020, mesmo assim muito longe da quebra nacional que rondou os 60%. Aliás, neste momento há uma grande adesão da população à dádiva de sangue, como ficou demonstrado na colheita realizada este ano pela Associação de Dadores de Sangue de Famalicão (ADSF), a 31 de janeiro, no centro pastoral da cidade, e à qual compareceram 220 dadores, ultrapassando largamente a capacidade que era de 90. 

Os dados foram avançados por Joaquim Vilarinho, presidente da ADSF, em entrevista à Fama TV, na qual adiantou ainda que a quebra nas dádivas não se ficou a dever à falta de dadores, mas ao facto de terem sido obrigados a suspender algumas colheitas, sobretudo na fase inicial da pandemia.

“Tivemos que cancelar algumas colheitas por falta de condições dos locais, em termos de espaço. Mas a primeira colheita que tivemos, após o primeiro confinamento, foi em Joane, a 25 de maio, e a adesão foi enorme. Ás 10h15 da manhã já tínhamos atingido o número para o qual tínhamos disponibilidade”, conta o responsável, adiantando que essa adesão “permitiu alguma recuperação das colheitas que não puderam ser realizadas”.

Joaquim Vilarinho não nega, porém, que 2020 foi um ano atípico. “Tínhamos vindo a subir, anualmente, o número de dádivas e em 2020 isso não aconteceu. Mesmo assim, comparada com os valores a nível nacional, é uma quebra muito reduzida”.

A heterogeneidade dos dadores é outra marca das colheiras promovidas pela associação. Vilarinho sublinha que são “de várias idades, de várias profissões e estratos sociais”. Contudo, nos últimos tempos há um aumento das dádivas na população jovem. “Por exemplo, no dia 31 de janeiro compareceram muitos jovens, o que nos deixa muito satisfeitos”, relata o responsável, que lança, porém, um repto aos mais novos: “que não façam isto como um ato esporádico, que se mantenham como dadores efetivos”. E acrescenta: “Se cada dador der sangue duas vezes por ano, ou seja, de seis em seis meses, isto corre tudo sobre rodas”. 

Joaquim Vilarinho lembra que dar sangue “é um ato que não custa dada” e garante que a Associação “tem sempre o cuidado de atender o dador da melhor forma possível e de ter um ambiente confortável e agradável nos locais de colheita”. Garante também que “é seguro dar sangue” nestes tempos marcados pela pandemia de Covid 19. “Os locais físicos da colheita têm que satisfazer todas a regras de segurança e distanciamento. É obrigatório o uso da máscara, é controlada a temperatura e as macas são sempre desinfetadas a cada dador”.

A próxima colheita de sangue da ADSF aberta ao público está marcada já para este domingo, 21 de fevereiro, na Escola EB 2,3 de Ribeirão. Será realizada entre as 9h00 e as 12h30 pelo Instituto Português do Sangue e do Transplantação.

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