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Famalicão

Paulo Cunha diz que sai com sensação de “dever cumprido”

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Está confirmado: Paulo Cunha não se recandidata à Câmara Municipal de Famalicão nas eleições autárquicas deste ano. O social-democrata deixará a autarquia em outubro próximo, depois de 12 anos no executivo, os primeiros quatro como vereador e os últimos oito como presidente, eleito pela coligação PSD/CDS-PP.  

Paulo Cunha poderia concorrer para mais quatro anos à frente nos destinos da autarquia, mas numa declaração feita, ontem, terça-feira, na sua página de Facebook, considerou que Famalicão “precisa de um presidente de Câmara no médio/longo prazo”, sendo esta uma das razões apontada para a não recandidatura.

“Há ambições e projetos que se colocam a Famalicão, que reclamam e exigem esta longevidade da governação autárquica”, defendeu o edil, destacando o próximo Quadro Comunitário 20/30 e o Plano de Recuperação e Resiliência – a chamada Bazuca –como “oportunidades que reclamam uma estratégia que vai muito além de quatro anos”.

Por outro lado, Paulo Cunha quis, nesta mensagem dirigida aos famalicenses, deixar claro que não está garrado ao poder. Entendendo “que os cargos políticos não devem ser interpretados de uma forma profissional” e que “ser presidente de Câmara não é uma profissão”, diz que este é o “momento certo” para terminar a relação autárquica.

Sentido de dever cumprido e regresso á advocacia

O autarca diz também que sai com a “satisfação de quem fez aquilo que prometeu”. “Neste período abdiquei de tudo, da minha vida profissional, da minha vida pessoal e até familiar, para que pudesse estar convosco em cada momento, em cada pedaço do território famalicense”, afirmou, manifestando a convicção de foram “12 anos bem sucedidos”, particularmente estes oito como presidente da Câmara, em que “conseguimos colocar Famalicão no mapa”.

A confirmação só surgiu esta terça-feira, mas há alguns meses que circulavam rumores de que Paulo Cunha não iria recandidatar-se a um terceiro mandato. E especulava-se também qual seria o seu futuro, depois de deixar a Câmara Municipal.

Nesta comunicação, o social-democrata procurou desfazer as dúvidas adiantando que irá regressar à sua vida profissional, concretamente à advocacia e à docência universitária. “É para lá que volto, com a sensação de dever cumprido”, referiu, garantido, porém, que continuará como presidente até ao último dia do mandato.

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