Famalicão
Militantes do PSD em Castelões descontentes com apoio da coligação a Francisco Sá
O apoio da coligação “Mais Ação, Mais Famalicão”, que integra o PSD e CDS-PP, à candidatura independente de Francisco Sá à Junta de Freguesias de Castelões, não caiu bem entre os militantes e eleitos social-democratas daquela freguesia.
Francisco Sá, atual presidente da Junta, eleito há quatro anos pelo Partido Socialista, vai recandidatar-se às eleições autárquicas deste ano como independente, tendo recebido o apoio da coligação PSD/CDS-PP, que já anunciou que não irá apresentar candidato próprio nesta freguesia.
Em nota à imprensa, um grupo de cidadãos militantes e simpatizantes dos dois partidos, onde se incluiu Augusto Lemos, cabeça de lista do PSD/CDS-PP há quatro anos e eleito na Assembleia de Freguesia de Castelões, vem dizer que se demarca da decisão tomada pela coligação.
O referido grupo começa por esclarecer que “não existem, nem nunca existiram núcleos do PSD ou CDS formalizados em Castelões, no entanto, existiu sempre um grupo de cidadãos movidos só e apenas por amor à terra, na maioria dos casos aliando também o facto de se identificarem com os referidos partidos, que promoveram candidaturas e apresentaram-se a sufrágio com o apoio da coligação”.
É nessa qualidade que, agora, “se desmarcam por completo” do apoio manifestado a Francisco Sá, “respeitando, no entanto, opiniões e posições, pois em democracia e em sociedade em geral, somos livres de nos aliar com quem muito bem entendermos e, também de mudarmos de opinião, o que no nosso caso não aconteceu”, acrescentam.
Dizem que o fazem “não por pressão, ou por qualquer outra razão, mas pura e simplesmente por que somos pessoas de bem, transparentes, movidas durante décadas por um só propósito, por Castelões, pela nossa terra e pelos castelonenses”, justificam.
Quanto ao futuro, os eleitos e ex-eleitos da coligação que agora tomaram posição afirmam que continuarão “livres e sem amarras, de cabeça erguida, mas sobretudo orgulhosos com o que fizemos e/ou tentamos fazer”. Finalmente, deixam no ar a possibilidade de “continuar a lutar pelos interesses” de Castelões, com “posições ou abordagens diferentes”, dando a entender que também poderão avançar com uma candidatura à Junta de Freguesia.
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