Opinião
“Um país para inglês ver”
Quando os dirigentes partidários, como é o meu caso, deveriam estar a falar no futuro pós-pandemia, no inverno demográfico, no crescimento do país (coisa que não acontece há duas décadas e ninguém parece preocupado), ou até da atração de jovens formados e com valor para a política, de modo a tentar combater a abstenção numerosa que grassa neste país, somos obrigados a falar do presente.
E falamos do presente, pois temos provavelmente o Governo mais incompetente que vimos em democracia.
Primeiro foram os escândalos de Tancos, dos incêndios de Pedrogão, e mais recentemente tem sido o combate à pandemia, nuns casos a falta dele, noutros, o excesso de zelo que apenas condiciona as liberdades das pessoas.
Contrapondo, com clara dualidade de critérios, dois episódios saltam à vista, o de agosto, em Moledo, onde durante dias alguns jovens foram perseguidos, até ao da Festa do Avante ou do 1º de Maio. Chegou agora mesmo a segunda fase do absoluto desnorte que o país vive, ou seja, o comum cidadão está vedado de ir ver o filho jogar futebol, ou até de usufruir de uma refeição num bar, pois o Governo assim o ordena. Mas um grupo de cidadãos ingleses pode livremente vir a Portugal e fazer tudo aquilo que nenhum de nós pode.
Haverão assim ingleses de primeira e portugueses de segunda?
Por que raio eu tenho de estar no café, com a mesa limitada a 10 pessoas, e depois as autoridades permitem que no Porto pudessem ter estado, 20 a 30 na mesma mesa, sem máscara?
Haverão assim ingleses de primeira e portugueses de segunda?
Cumprimos as regras todas até agora para sermos exemplo e apelativos á vinda de 12 000 ingleses? Importa lembrar as vezes que Portugal esteve fora do corredor aéreo inglês.
Haverão assim ingleses de primeira e portugueses de segunda?
No limite, reconhecendo que Inglaterra está com a taxa de vacinação muito superior à portuguesa (outra incompetência do Governo, a forma como durante meses preparou o processo de vacinação) julgo que os ingleses deveriam ter de cumprir as mesmas regras que os portugueses, ou vice-versa.
Haverão assim ingleses de primeira e portugueses de segunda?
Até percebo que tendo em conta a qualidade e o curriculum dos nossos governantes tudo isto pareça normal. Mas não é.
Recentemente faleceu um ex-governante socialista, Jorge Coelho que ficou conhecido por duas expressões: “Quem se mete com o PS leva.” e “A culpa não pode morrer solteira.”.
Parece que o PS de hoje só se lembra da primeira, perdendo as suas energias em casos como perseguir um Presidente de Câmara independente que tem a coragem de dizer o que deve ser dito de vez em quando. Para isso, o Estado já tem recursos.
O Ministro Eduardo Cabrita há muito que não tem condições para continuar no governo e precisa que alguém o relembre do episódio de Entre-os-Rios.
Sr Ministro, faça um favor ao país e demita-se.
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