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Opinião

A entrevista ao candidato …

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Por José Leite

Acabo de ver atentamente a entrevista do candidato do Partido Socialista à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, chegando facilmente à conclusão que não se lhe conhece e reconhece uma única medida estruturante para o nosso concelho, à exceção da promessa eleitoral(ista) de construir um hospital novo na nossa cidade (segundo o próprio, sem projeto nem localização), como se isso fosse realisticamente exequível.

Pergunto eu? Isto não é uma medida puramente populista e impossível de concretizar por uma câmara municipal, visto ser claramente uma competência da administração central, diga-se do governo da nação que tem deixado Famalicão à sua sorte desde 2015, não fosse a resiliência e a gestão rigorosa das finanças da câmara municipal para arcar e assumir vários encargos, competências e responsabilidades da administração central fazendo com que vários projetos e obras cá se materializassem, bastando citar apenas dois, a nova Loja do Cidadão ou a Variante Nascente (N14) até Ribeirão.

Deixemo-nos de demagogias bacocas e devaneios irrealistas. Mas alguém acredita que António Costa vai mesmo garantir aos famalicenses esse tal hospital, pasmem-se de raiz, segundo as palavras do candidato socialista que ainda por cima critica o próprio António Costa quando refere que as nossas unidades de saúde não têm qualidade e dignidade, falta de especialidades, pessoal insuficiente e infraestruturas indignas para nos oferecer qualidade nos serviços prestados pelos profissionais de saúde. Certamente que António Costa e Marta Temido ficarão atónitos com as críticas diretas e objetivas que ouviram do seu candidato à Camara Municipal, o que ironicamente resultará em mais um bom e belo motivo para construir cá no burgo um novo hospital sem projeto nem localização. Sejamos sérios, isto é puramente surreal e um contrassenso sem igual e paralelo.

No final da entrevista, o candidato socialista (de um PS profundamente fraturado e dividido internamente em Famalicão) ao ser-lhe dada a palavra para se dirigir aos famalicenses e o que esperam dele, terminou como começou, isto é, falando do mesmo, ou seja, sobre o tal hospital e a área da saúde (onde naturalmente se sente mais à vontade pela ligação profissional à mesma). E então senhor candidato? A ação social, o voluntariado, os idosos, a educação, o ambiente, a economia, a cultura e o desporto, o turismo, a inovação, a habitação, a juventude, a governança e o território, o empreendedorismo, as freguesias (quais e quantas obras estruturantes tem projetado para as nossas comunidades), entre outras, são áreas que não existem para si …. É muito pouco, curto e sem ambição.

Depois daquele debate medíocre no Porto Canal esperava mais um “poucochinho”. Mas não. Os famalicenses merecem muito mais e melhor. Merecem confiança, segurança e orgulho na sua terra. Merecem muito mais ação e muito mais Famalicão. Têm a palavra no dia 26!

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