PS critica atuação da Câmara no abate da “carvalheira” em Joane

O abate da “carvalheira”, em Joane, foi abordado na reunião da Câmara de Famalicão da passada quinta-feira, com os vereadores do PS a criticarem a forma como o executivo conduziu o processo e a maioria a defender que o abate da árvore era inevitável e que essa informação foi transmitida à população.

O assunto foi levantado pelos eleitos socialistas, no período antes da ordem do dia, em que pediram para ter acesso ao parecer técnico que determinou o abate do carvalho com dezenas de anos.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião, o vereador do PS, Paulo Folhadela, disse que, independentemente dessa avaliação técnica, “A forma como este abate aconteceu não foi a mais correta”.  “A população sentiu-se defraudada, revoltada e manifestou essa revolta, referiu o socialista, acrescentando que a informação “deveria ter sido transmitida às populações com antecedência e explicada”.

Do lado do executivo, o vereador do Ambiente, Hélder Pereira, tem uma opinião diferente. O responsável explica que foi identificada uma patologia na carvalheira, pelo que a Câmara solicitou às entidades competentes – proteção civil, fiscalização e departamento de Ambiente –  que realizassem um relatório de avaliação fitossanitário, no sentido de perceber qual o estado da árvore.

“O relatório foi conclusivo, dizendo que a árvore colava em causa as pessoas e bens que circulavam no local e, de imediato, esta comunicação foi feita ao presidente da Junta de Freguesia, que fez por meios próprios a comunicação aos munícipes”, relata Hélder Pereira, entendendo que “toda a gente ficou devidamente esclarecida”.

De qualquer forma, o vereador garante que “sempre que surgirem dúvidas relativamente a estas avaliações”, a autarquia “disponibiliza os relatórios aos munícipes”.

Recorde-se que a árvore foi abatida no passado dia 10 de novembro, um ato que causou muita indignação, sobretudo nas redes sociais.