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Famalicão

Castro de S. Miguel O Anjo: confirmada ocupação humana desde o 2º milénio a.C.

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O Castro de S. Miguel-o-Anjo, em Calendário, Famalicão, foi local de vivência humana desde o segundo milénio a. C. A confirmação chegou depois de concluídos os trabalhos de escavação realizados entre fevereiro e dezembro de 2021, onde foram identificadas várias estruturas medievais nomeadamente sepulturas e alguns muros que poderão ter pertencido ao edifício fortificado, tantas vezes associado ao local.

Os trabalhos de escavação foram coordenados por uma equipa de arqueólogos tendo contado com o apoio e logística do Gabinete de Arqueologia do Município e com a participação de voluntários do Banco de Municipal de Voluntariado. As escavações concentraram-se na parte mais elevada do povoado (Acrópole), onde foram intervencionados três setores, criteriosamente selecionados para obtenção da maior quantidade de dados possível.

Para as além das descobertas arqueológicas que permitiram comprovar que o local teve ocupação humana, também se detetaram estruturas circulares relacionadas com a Idade do Ferro. Mas muitas foram destruídas para que as suas pedras fossem reaproveitadas na construção dos edifícios medievais.  Ficou, contudo, nos níveis de revolvimento uma grande quantidade de espólio cerâmico indício de que a acrópole teve uma forte ocupação durante a este período cronológico.

Da Idade do Bronze recolheram-se materiais cerâmicos e pétreos que sugerem a possibilidade de se poderem identificar níveis de ocupação daquela época.

Para o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, “os resultados obtidos com estes trabalhos permitiram confirmar a importância do local possibilitando, também, o arranque da valorização do espaço, que se encontra em fase de projeto, e se vai associar a outros projetos em curso por parte do município, como por exemplo a rede de trilhos atualmente em desenvolvimento pelo Pelouro do Desporto”.

Entretanto, foram já colocados painéis informativos no Monte de São Miguel-o-Anjo marcando cada um dos acessos com um painel de sensibilização e informação ao visitante.

Refira-se que o Castro de S. Miguel-o-Anjo se encontra classificado como imóvel de interesse público desde 1990.

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