Famalicão
PS e PAN condenam novo abate de árvores no centro da cidade
A Câmara Municipal de Famalicão abateu, esta sexta-feira, três árvores de grande porte, na Rua João Faria dos Guimarães, junto á Praceta Cupertino de Miranda, no centro da cidade.
A autarquia justificou que a operação decorreu “em virtude das obras em curso de renovação do centro urbano, impulsionadoras de um novo enquadramento paisagístico e urbanístico, com mais e melhores zonas sociais, e de um novo modelo de mobilidade, com mais espaços para peões e para os modos de transporte suaves”.
Contudo, as reações não se fizeram esperar. O Partido Socialista (PS), em comunicado, veio manifestar-se contra aquilo a que chama de “abate indiscriminado de árvores em Famalicão”.
“Sem motivo nenhum, a não ser um preconceito ambiental contra as árvores, a Câmara Municipal prossegue a sua veia destruidora do ambiente com o abate de mais três árvores antigas numa zona histórica da cidade, junto ao edifício da Caixa Geral de Depósitos”, dizem os socialistas.
O PS considera ainda “inaceitável que a cidade seja hoje um estaleiro a céu aberto, em que árvores são substituídas por betão e por pedras, mediante um programa de intervenção na paisagem feito nas costas dos famalicenses”, acusando a autarquia de transformar o centro da cidade “numa grande eira descaraterizada e sem qualidade de vida”.
O comunicado termina com um apelo á Câmara Municipal para que “tenha bom senso” e “promova um Plano de Arborização da cidade, a começar pela replantação de árvores abatidas em diversas ruas e praças”.
A concelhia de Famalicão do PAN também reagiu e pálida mesmo o bate daquelas árvores como “crime ambiental”.
“O que se está a passar na nossa cidade e nosso concelho em relação ao meio ambiente é inaceitável.” refere Sandra Pimenta porta-voz da concelhia.
A propósito de mais esta remoção de árvores, a Câmara Municipal recorda que, depois de concluídas as obras de requalificação, o novo centro urbano vai ter perto de três centenas de novas árvores, mas o argumento não convence o PAN.
Na opinião do partido este fundamento é inválido, atendendo que uma árvore jovem irá demorar muitos anos até realizar as mesmas funções que as árvores adultas, agora abatidas, realizavam.
“Choca-nos que, uma vez mais, não exista o mínimo de proteção do nosso património ambiental.” acrescenta Sandra Pimenta
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