Cultura
Trilho da Cangosta do Estevão com sinalética para ajudar a explorar Camilo
O “Trilho da Cangosta do Estevão” já pode ser calcorreado por exploradores modernos que buscam conhecer melhor a história e os lugares evocativos de Camilo Castelo Branco. Ao longo do caminho de três quilómetros, entre a moradia onde o escritor residiu com a sua família, em S. Miguel de Seide, e a Igreja do Mosteiro de Landim, foi colocada sinalética identificativa do percurso, que alia o exercício físico ao conhecimento cultural.
A caminhada inaugural do percurso com identificação aconteceu na passada sexta-feira, dia 20 de maio, no âmbito da celebração da Noite Europeia dos Museus, e envolveu mais de meia centena de caminhantes, entre eles, o vereador da Cultura e do Desporto, Pedro Oliveira.
O percurso, cuja designação é inspirada num trilho pedestre que existia em Ribeira de Pena, cenário da novela “Maria Moisés”, oferece diversos pontos de interesse: desde a evocação de familiares/descendentes e de pessoas conhecidas ou das relações pessoais do romancista; o conhecimento da paisagem física e humana da região que serviu de inspiração e de criação literária ao escritor; a promoção da prática de exercício físico; o contacto com a natureza e a fruição de ambientes campesinos do Minho.
Durante o percurso estão destacados alguns lugares mais relacionados com a vida e a ficção camilianas, nomeadamente, a azenha da Maria Moisés, a casa de Passelada – onde residiu Ana Rosa Correia, mulher de Nuno Castelo Branco; a quinta do Pregal – que a tradição atribui ter ali residido Marta, protagonista de “A brasileira de Prazins”; a casa de António José Pinto Monteiro -“O Cego de Landim” ; e a Igreja do Mosteiro de Landim – mosteiro que foi propriedade de António Vicente, amigo íntimo do escritor, e ali existe um quarto onde o escritor passava alguns dias.
De referir que a colocação de sinalética no “Trilho da Cangosta do Estevão” resultou de um investimento municipal de mais de 20 mil euros, apoiado pelo financiamento resultante da candidatura “Valorização da visita a Seide”, aprovada no âmbito do programa operacional Norte2020.
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