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Economia

Jovem empresa de Famalicão lança sapatilhas produzidas com borra de café

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Sapatilhas vegan produzidas a partir de borras de café, borracha reciclada, fibras naturais de coco e de ananás, entre outras, para um público com consciência ambiental, mas que simultaneamente aprecia o design e o conforto.  É esta a proposta criada e desenvolvida pela Re-Coffee, um projeto de jovens empreendedores iniciado em Famalicão por Rui Monteiro, estudante de Engenharia de Materiais na Universidade do Minho e que já trabalha na direção de qualidade de uma empresa, a mesma que lhe deu a oportunidade para passar as suas ideias para a prática.

Foi no café, à mesa com os amigos, que lhe surgiu a ideia de integrar e valorizar as borras de café em materiais. Não foi um processo fácil, foi preciso perceber como secar e esterilizar as borras para neutralizar a substância, mas descobri um mundo de possibilidades”, explicou o jovem empresário, no decorrer de uma visita que o presidente da Câmara, Paulo Cunha, realizou à startup, no âmbito do programa “Roteiro Pela Inovação”.

Rui Monteiro e a equipa jovem que o acompanha (a Kátia na comunicação, a Lídia na gestão e a Juliana no design) acreditam notoriamente no potencial do produto.

O projeto Re-Coffee foi implementado em outubro de 2019 com o lançamento da primeira linha de sapatilhas. O revestimento da sapatilha é feito através da tal matéria-prima nova desenvolvida por Rui Monteiro e batizada de coffee leather, combinando 50% de borra de café e 50% de borracha reciclada. A sola possui 30% de borra de café e 70% de borracha reciclada.  São borras de cerca de 33 cafés expressos em cada par de sapatilhas que estão à venda no Facebook e Instagram da Re-Coffee e no site da Etsy.

O pioneirismo da marca valeu-lhe já o reconhecimento municipal com a atribuição do selo Famalicão Visão 25, na categoria Famalicão Made IN. Deixo um rasgado elogio à iniciativa. Estão a aplicar de forma sublime a tese da economia circular, caminhando para o ideal de eliminação total de resíduos no processo produtivo”disse Paulo Cunha não escondendo o orgulho de ver no seu concelho “germinar um projeto com este rasgo empreendedor por gente jovem e criativa”.

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