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Cultura

Casa das Artes vai receber apoio anual de 200 mil euros para a sua programação

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A Casa das Artes de Famalicão vai passar a contar com um apoio anual direto à sua programação no valor de 200 mil euros, como resultado da candidatura apresentada ao primeiro Concurso de Apoio à Programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses.

O anunciou foi feito pela Câmara Municipal que realça que se trata do primeiro apoio estatal conseguido para a programação daquele espaço nos seus 20 anos de existência e de programação artística regular. “Um claro êxito das políticas culturais definidas pela Câmara Municipal e executadas pela Equipa Multidisciplinar de Gestão, que colocaram a candidatura da Casa das Artes como a terceira mais bem classificada do país”, pode ler-se na nota à imprensa.

A autarquia assegura que com este apoio adicional, toda a programação definida pela direção artística da Casa das Artes vai conhecer uma alavancagem inédita, da qual o espetador em geral e o público famalicense em particular vai ficar a ganhar.

“Em termos culturais, o investimento que é feito nem sempre resulta em algo imediato e palpável. A Casa das Artes levou 20 anos a poder contar com um apoio direto tão elevado e só a qualidade da candidatura apresentada bem como todo o histórico da sua atividade colocaram o nosso teatro municipal com as condições para aceder a estes financiamentos”, sublinha o presidente da Câmara, Mário Passos, assinalando o “esforço constante e ininterrupto do Orçamento Municipal para assegurar a qualidade artística da programação da Casa das Artes”.

Na passada segunda-feira, a Direção Geral das Artes (DGArtes) comunicou às entidades concorrentes a proposta de decisão que prevê a atribuição de apoios a 38 equipamentos culturais, com valores entre os 50 mil e os 200 mil euros anuais, em 2022, 2023, 2024 e 2025, em 35 NUTS III do país. O objetivo principal destes apoios é promover uma oferta cultural regular e contínua em todo o território.

O Concurso de Apoio à Programação da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP), o primeiro a ser promovido no país, recebeu 61 candidaturas; destas foram excluídas 4 em fase de verificação, pelo que a comissão apreciou um total de 57 candidaturas.

As entidades que concorreram foram avaliadas tendo em conta a apresentação de um plano de programação dedicado às artes performativas (circo, dança, música, ópera e teatro), podendo ainda incluir outras áreas, como artes visuais, cinema ou ações de formação. A apresentação de, pelo menos, 15% de obras que tenham recebido apoio da DGArtes, no domínio da criação, e a realização de, no mínimo, 10% de coproduções originais, foram outros dos critérios considerados na análise das candidaturas.

No próximo mês de maio, será ativado no plano nacional, um conjunto de ações de valorização e qualificação de recursos humanos, com enfoque em várias áreas e funções profissionais, da técnica à programação, da mediação à comunicação, da acessibilidade ao financiamento.

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