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Pró Nacional: AD Ninense apostada em somar pontos

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A Associação Desportiva Ninense está preparada para disputar os últimos jogos dos Campeonatos Distritais Pró Nacional da Associação de Futebol de Braga (AFB).

O treinador do Ninense não tem dúvidas das limitações causadas pela pandemia a todos os níveis e defende que qualquer decisão que fosse tomada pela AFB ia ser injusta para qualquer uma das equipas. “Todas se prepararam no inicio para disputar um campeonato e qualquer alteração iria trazer injustiça. Esta foi a que acharam ser a mais indicada, a possível”, defende Mário Jorge que acrescenta que não seria justo da parte dos clubes, treinadores, jogadores, dirigentes colocarem entraves “àquilo que é uma dificuldade de gerir um momento em que as alternativas não são muitas”. O treinador considera que qualquer uma das decisões “seria do desagrado de alguém, sempre”. “Por isso acho que é altura de nos unirmos todos para salvar também o futebol”.

A disputar a série A, o treinador do Ninense garante que a sua equipa só começou o treino coletivo a 19 de abril, “cumprindo todas as regras do jogo”, mas garante que outros clubes não o fizeram. “A falta de seriedade de algumas pessoas e de alguns clubes levou a que isto não fosse igual para todos”.

Para a sua equipa o regresso “foi uma alegria tremenda”. “É o voltar ao que as pessoas gostam de fazer, algo que lhes está no sangue”, sublinha Mário Jorge que viu nas três semanas de preparação um tempo curto. “Isto não foi uma pré-temporada, porque não houve tempo para uma preparação com um crescimento sustentado e faseado”, sublinha Mário Jorge que preparou, essencialmente, os últimos jogos que faltam disputar. “Digo frontalmente que não há ninguém que tenha a certeza que aquilo que está a fazer para disputar cinco jogos seja o mais correto. A situação é completamente nova”.

Em terceiro lugar, a cinco pontos do líder, a AD Ninense quer “vencer todos os jogos”. Para isso conta com um plantel extremamente jovem, com jogadores vindos de outras divisões. Segundo o treinador a maior parte deles está a disputar pela primeira vez o campeonato da PróNacional. “Tem quatro ou cinco jogadores experientes”, refere Mário Jorge.

Quanto às restantes equipas, o treinador está convicto que vai defrontar as melhores equipas deste campeonato, “os mais sérios candidatos”. “Espero jogos muito quentes. Vamos defrontar quatro equipas que ambicionam a subida de divisão”, explica Mário Jorge referindo-se às formações do Cabreiros, Dumiense, Forjães e Santa Maria.

A ausência de público nas bancadas faz com que o futebol “fique sem sal”. “Joga-se, mas quando olhamos para o lado falta-nos as pessoas que, mesmo estando contra nós, estão lá. Na maioria das vezes estão do nosso lado e vão connosco para todo o lado e neste clube nota-se imenso”, sublinha Mário Jorge que está satisfeito como treinador do Ninense.

“Trabalho num clube magnifico, com pessoas magnificas. Há a entrega dos jogadores. Tenho um grupo muito interessante”, explica o técnico que se mostra preocupado com o clube que vive um impasse em termos diretivos. “Preocupa-me porque não é um grupo para se perder. Preocupa-me o impasse por me sentir tão bem neste clube. Se continuar assim…”.

Mário Jorge, com 55 anos, garante que quer continuar a treinar o Ninense e que “muito dificilmente deixará de treinar no imediato”. “Não me estou a ver a ir para casa e já bastou este tempo de pandemia”.

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