FC Famalicão: “Queremos fazer melhor do que no ano passado”

À medida que se aproxima o início da temporada 2025/26, o Famalicão prepara-se com um espírito de ambição renovada. Hugo Oliveira, que assumiu o comando técnico da equipa a meio da época passada, entra agora num novo ciclo com tempo, espaço e tranquilidade para consolidar ideias e aprofundar o trabalho iniciado.

Para o treinador famalicense, a pré-temporada está a ser vivida com intensidade, mas também com propósito. A oportunidade de começar desde o zero tem permitido à equipa técnica introduzir nuances ao modelo de jogo, trabalhar novas dinâmicas e cimentar uma filosofia que quer ver refletida em campo e nas bancadas. “Queremos construir uma identidade que seja sentida pelos adeptos. Uma forma de jogar que represente o que é viver o Fama”, defende o técnico.

O grupo tem respondido com abertura e compromisso, e a continuidade de vários jogadores facilita a assimilação dos princípios do jogo pretendido. Um desses rostos bem conhecidos é Gil Dias, extremo de 28 anos que cumpre agora a sua terceira passagem pelo clube. Depois de ter representado o Famalicão em 2020/21, por empréstimo do Mónaco, e de ter regressado na época passada, o jogador volta a integrar o plantel com ambição e confiança.

“Está a ser uma pré-temporada de muito trabalho, com jogadores novos e outros que já estavam cá o ano passado, e as coisas estão a correr bem, tanto nos treinos como nos jogos”, referiu Gil Dias aos jornalistas, sublinhando ainda as metas da equipa para a nova época. “Todas as equipas têm o objetivo de chegar ao Jamor, para disputarem a final da Taça de Portugal. Em relação à Europa, vamos jogo a jogo. Temos objetivos, como é óbvio, e queremos fazer melhor do que no ano passado.”

Apesar das saídas de elementos importantes como Enea Mihaj ou Vaclav Hladky, o treinador acredita que o clube manteve uma base sólida e está preparado para dar o passo seguinte.

Nem tudo, porém, tem sido positivo. A lesão de Óscar Aranda marcou um dos momentos mais difíceis da preparação. Hugo Oliveira falou do episódio com emoção, reconhecendo não só o valor do jogador, mas também a dimensão humana do grupo que o rodeia. “É uma situação que entristece, sobretudo porque o Óscar representa muito para o balneário. Mas ele sabe que tem todo o apoio e vai regressar mais forte.”

Sobre o mercado de transferências, o discurso é ponderado. Com a janela ainda aberta, o treinador admite entradas e saídas, mas reitera que o foco está nos jogadores que já vestem a camisola do Famalicão. “O essencial é que quem cá está acredite no processo e esteja disposto a dar tudo pelo clube.”

Olhando para o campeonato que se avizinha, Hugo Oliveira espera uma liga extremamente competitiva, alimentada pelo forte investimento dos clubes de topo, mas também aberta a surpresas. E quer que o Famalicão esteja entre os protagonistas. “Não nos vamos esconder. Vamos entrar em cada jogo com a ambição de vencer. Esta pode ser uma das ligas mais equilibradas dos últimos anos e queremos ser parte ativa dessa história.”

Mais do que estabelecer objetivos numéricos, o treinador aposta numa meta mais profunda: evolução constante. “Trabalhamos todos os dias para sermos melhores. Não só como equipa, mas enquanto clube, estrutura e projeto. Queremos deixar uma marca não apenas pelos resultados, mas também pela forma como jogamos e crescemos.”

Num clube que valoriza a ligação à cidade e à região, os adeptos assumem um papel de destaque. Hugo Oliveira vê neles um verdadeiro motor emocional e acredita que a temporada pode ser vivida a doze, e não a onze. “Os nossos adeptos são parte deste projeto. Sentem o jogo, empurram-nos nos momentos certos. Queremos que estejam connosco em cada batalha, lado a lado, como têm estado. Quando isso acontece, somos realmente mais fortes.”

No próximo sábado, dia 2 de agosto, a equipa faz a sua apresentação oficial aos sócios e à população em geral, naquele que será “O dia do Vila Nova”. A festa decorre durante todo o dia na Praceta Cupertino de Miranda, no centro da cidade.