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Economia

Novo centro de nanotecnologia de Famalicão custará 2,3 milhões de euros

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O CeNTI vai ter novas instalações ainda este ano

O novo edifício que o Citeve – Centro Tecnológico da Indústria Têxtil e do Vestuário vai contruir para albergar o CeNTI – Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes representa um investimento de 2,3 milhões de euros e deverá arrancar “dentro de dias”. Isso mesmo foi adiantado ao OPINIÃO PÚBLICA pelo diretor do Citeve, Braz Costa.

A obra de construção do edifício já foi “adjudicada há quatro meses, por 1,3 milhões de euros, com um prazo de execução de cinco meses. O início dos trabalhos estava, contudo, dependente da resolução da questão dos terrenos onde vai ser edificado o novo edifício, terreno esses que, apesar de serem do Citeve estavam cedidos ao Município de Famalicão que aí instalou as hortas urbanas do Parque da Devesa.

A semana passada a situação ficou desbloqueada com a Câmara e a Assembleia Municipais a aprovar a restituição do terreno ao Citeve e a transferência das hortas urbanas para outro local, junto ao campo da feira semanal.

Braz Costa entende, por isso, que “estão reunidas as condições para a obra avançar o mais rápido possível”, sendo que, segundo o OPINIÃO PÚBLICA apurou, o objetivo da Câmara Municipal é ter o processo da transferência das hortas urbanas concluído durante este mês de fevereiro.

Depois de concluída a construção do edifício, numa segunda fase, o CeNTI irá investir perto de um milhão de euros no apetrechamento e na criação dos laboratórios.

Braz Costa sublinha que as novas instalações são “absolutamente essenciais” porque o CeNTI, que nasceu nas instalações do Citeve, “já ocupou tudo o que havia para ocupar”. “O Centi cresceu tanto que, ao fim de dois anos, já estava a ocupar as garagens do Citeve com laboratórios. Ao fim de seis anos já estava a ocupar o primeiro edifício onde está a ATP [Associação Têxtil de Portugal], e a seguir começou a ocupar parte da incubadora”, relata o responsável.

Por outro lado, o Citeve também está a crescer e a precisar de recuperar os espaços ocupados. “Estamos a preparar novos projetos que vão implicar a criação de novas equipas de investigação e de novos laboratórios”, adianta Braz Costa.

Por seu lado, o CeNTI também quer crescer ainda mais e prevê recrutar este ano mais de 30 investigadores.

Para Braz Costa, Famalicão “tem aqui uma oportunidade de fazer crescer o cluster científico que nasceu à volta do Citeve” e de se tornar “cada vez mais uma cidade de conhecimento”. “E essas cidades fazem-se com universidades com centros tecnológicos, com centros de investigação”, refere ainda o responsável para concluir que “tudo isto justifica que o Citeve tivesse conversado com a Câmara para esta lhe devolver terrenos que foram emprestados e justifica a decisão da favorável da autarquia”.

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