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Economia

Vereador da Economia: “Estamos atentos, mas otimistas quando ao futuro”

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Perante os números que vão surgindo, da perda de postos de trabalho, das empresas que poderão encerrar, dos milhões de euros que as empresas não vão faturar, a Câmara Municipal garante estar atenta, mas, não obstante, otimista.

Augusto Lima, o vereador da Economia, Empreendedorismo e Inovação, lembra que se tratam de estimativas e não dados factuais o que o leva a crer que, depois deste segundo confinamento, as coisas serão diferentes.

“Não podemos esquecer que o setor têxtil tem sido ajustado ao longo dos anos, em diversas crises. Eu julgo que vamos novamente readaptarmo-nos e já está a acontecer isso”, sublinha o vereador não querendo, por isso, enveredar por uma linha tão pessimista.

Augusta Lima acredita, assim, que passada esta fase o setor vai ressurgir em força.

O contacto da autarquia com as empresas famalicenses ligadas ao têxtil é “próximo e constante” e o responsável diz que o sentimento que se vive é diferente, desde logo, a postura no primeiro e segundo confinamento. “É diferente. Enquanto no anterior as empresas pararam por diversas razões, até pelo desconhecimento do vírus ou a falta de encomendas, neste confinamento não notamos isso”. O vereador diz que agora a paragem não é tão brusca e as empresas continuam a trabalhar, apesar das limitações. Entre elas, os recursos humanos que são mais escassos, ou porque estão em isolamento profilático, ou porque foram infetadas no núcleo familiar, ou porque têm que estar em casa a acompanhar os filhos menores de 12 anos. A acrescentar a isto estão as dificuldades de mercado que está a sofrer, de forma natural, uma retração.

Mas nem tudo são más notícias. Augusto Lima não deixa de sublinhar que o ano de 2020 não foi tão mau quanto era expectável. “Os equipamentos de proteção individual e as máscaras foram um fator crucial. Eu tenho conhecimento de empresas que até melhoraram os seus indicadores”, aponta o vereador que lembra ainda que aumentaram exponencialmente as compras online e que, a partir de junho, houve uma recuperação, tendo em conta que as pessoas começaram a sair à rua e, com isso, a comprar mais vestuário.

“Com base em tudo isto, é verdade que os números são preocupantes e nós devemos ter essa preocupação, mas acredito muito nesta força e energia das empresas famalicenses e vamos, certamente, ultrapassar esta fase difícil”, refere o vereador da Economia, lembrando que, nos últimos tempos, tudo jogava a favor do têxtil, que tinha vindo a subir ao nível do número de empresas, de trabalhadores, exportações, valor acrescentado.

Se no primeiro confinamento o município teve um papel importante em ajudar as empresas a aplicar os apoios lançados pelo Governo, nesta fase essa já não é a maior preocupação. Mesmo assim, a nível local, as iniciativas multiplicam-se para ajudar o setor, “nomeadamente na derrama para as micro e médias empresas, apoios ao nível de projetos de inovação, uma linha de crédito de financiamento em parceria com a Caixa de Crédito Agrícola”.

Quanto aos apoios lançados pelo Ministério da Economia, as principais queixas dos empresários famalicenses prendem-se com a décalage entre o período do anúncio da candidatura, a sua submissão e a aprovação. “Estes apoios só funcionam se chegarem em tempo útil”, diz Augusto Lima que os considera, no entanto, benéficos e ajustados à realidade que vivemos.

No que diz respeito ao futuro a palavra de ordem para o responsável é resiliência. “Esta palavra é para os empresários e trabalhadores. Estou convencido que é pelo seu empreendedorismo, o seu dinamismo que as empresas continuam a laborar a fazer tudo para ultrapassar estes momentos difíceis”.

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