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Famalicão

Construção de nova superfície comercial na zona norte da cidade gera preocupação

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O impacto que a edificação de uma superfície comercial terá no tráfego rodoviário, o estacionamento e a situação em que situação ficará o Hospital de Famalicão foram algumas das principais preocupações manifestadas na sessão pública de esclarecimento sobre a nova Unidade de Execução Urbanística da área norte da cidade, que abrange a zona envolvente à unidade hospitalar.

A sessão, promovida pela Câmara Municipal realizou-se na passada segunda-feira, e contou com a presença de alguns moradores, cidadãos e até políticos, como foi o caso da dirigente do PAN de Famalicão, Sandra Pimenta, e dos vereadores do PS, Paulo Folhadela e Maria Augusta Santos. Para responder às questões e apresentar o projeto estiveram presentes a diretora do Departamento de Urbanismo, Francisca Magalhães, e responsáveis da empresa promotora.

Da discussão, ficou claro que a construção de uma rotunda na Avenida 9 de Julho (troço EN 2026- Famalicão Póvoa) parece ser a obra mais consensual, com os moradores a concordarem que poderá trazer maior segurança para aquela via.

Já a construção de uma superfície comercial na zona, junto precisamente à avenida e à referida rotunda criou muitas dúvidas e preocupações. Alguns moradores disseram temer que essa superfície, que poderá ser um hipermercado, aumente o tráfego automóvel na zona, criando ainda mais constrangimentos à circulação, e que nem as ligações viárias ao hospital e à zona do Talvai que serão criadas resolvam o problema. Um morador disse mesmo que quem reside na zona “vai deixar de ter sossego”.

Francisca Magalhães tentou serenar as preocupações, referindo que essa superfície comercial terá entrada e saída direta para a futura rotunda, evitando assim que o trânsito circule pelas vias internas da zona. Por outro lado, a responsável considerou que com a criação da nova ligação de Talvai (a partir da rotunda) à zona do hospital, cria-se mais alternativas e evita-se que todo o trânsito conflua para a rotunda de Santo António (atualmente sempre muito congestionada em horas de ponta), incluindo as ambulâncias que se dirigem para o hospital.

Precisamente, a propósito do hospital, António Cândido Oliveira considerou que esta intervenção urbanística “vai cercar” a unidade hospitalar “por todos os lados”.  O famalicense que tem escrito sobre o assunto no OPINIÃO PÚBLICA, questionou como é que o hospital poderá crescer no futuro com todos os equipamentos que estão previstos para o “único lado que tinha livre, que era o lado Norte”.

Na resposta, Francisca Magalhães lembrou que o hospital, dentro do seu quarteirão, “ainda tem espaço para se ampliar, só terá que abdicar do estacionamento à superfície e enterrá-lo”.

Outra questão muito focada foi a do parque de estacionamento com cerca de 100 lugares que será criado e que a autarquia diz que será, sobretudo, para servir o hospital. Colocaram-se dúvidas sobre se este parque seria efetivamente público ou se faria parte da referida superfície comercial. A responsável pelo Departamento do Urbanismo desfez as dúvidas e garantiu que esse parque de estacionamento será do Município “e nada terá a ver com o estacionamento de outras parcelas”, que terão que assegurar o seu próprio estacionamento.

Já Sandra Pimenta, do PAN, falou da destruição de uma área livre verde de 21 hectares e questionou se foi avaliado o prejuízo ambiental.

Refira-se que o período de discussão pública desta Unidade de Execução Urbanística decorre até ao dia 5 de abril. Os interessados poderão consultar a proposta na página eletrónica do Município em www.famalicao.pt (https://www.famalicao.pt/area-norte-da-cidade).

A área delimitada localiza-se junto da Avenida 9 de Julho e da Rua Norton de Matos, a norte do Hospital S. João de Deus, na União das Freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário e abrange uma área com cerca de 23 mil metros quadrados.

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