Famalicão
INAC teme pelo seu futuro em Famalicão

O Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC), cujas instalações se localizam na área comercial Central Park, na vila de Ribeirão, teme pelo seu futuro, na sequência da venda “iminente” de um dos armazéns, onde leva a cabo as suas atividades.
Numa nota enviada às redações, na passada semana, o INAC refere que “enfrenta a possibilidade real de perder o seu espaço físico, um local que há anos serve de palco para a experimentação artística, a inovação e a inclusão social”. E acrescenta: “A ameaça é grave e iminente. Um dos armazéns do INAC será vendido e as rendas vigentes atingem valores proibitivos, tornando a permanência da instituição praticamente insustentável”.
Os responsáveis do instituto dizem ainda que o impacto desta perda não se limita ao circo, já que o seu espaço também acolhe um projeto social e de inclusão, trabalhando com seis associações que apoiam jovens com deficiência no
concelho. “Além disso, artistas profissionais com deficiência encontram ali um espaço seguro e acessível para desenvolver o seu trabalho, promovendo a diversidade e a equidade no meio artístico. Sem o espaço adequado, esse projeto essencial será brutalmente interrompido, deixando desamparados tanto os artistas como as comunidades que dele dependem”, explicam.
O INAC adianta ainda que já se encontra agendada uma reunião com a entidade gestora do espaço e com o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, “visando encontrar soluções para combater tal crise” e apela à ação do “poder municipal e nacional”, para evitar o que consideram ser a “possível destruição de um dos mais relevantes centros de circo contemporâneo do país”.
Entidade gestora não foi contactada mas está aberta a encontrar soluções
Entretanto, em comunicado enviado ao OPINIÃO PÚBLICA, a Widerproperty, entidade que gere o Central Park, informa que “o Grupo Pluris Investment é proprietário do Famalicão Central Park, com exceção de quatro frações (Casa China, Craze Shoes, JN Seats e INAC), sendo uma destas frações que está a ser vendida e a provocar preocupação no INAC”.
Para além disto, a Widerproperty, que representa apenas o Grupo Pluris, garante ter mantido “contactos próximos e empreendedores” com o Instituto Nacional de Artes do Circo e diz não ter “nenhuma reunião pendente de ser realizada”, salientando que este tema não foi abordado com a entidade gestora.
“Tal como tem sido demonstrado, o Grupo Pluris e a Widerproperty têm sempre procurado soluções para o INAC e nesta situação, concretizando-se conforme é descrita, será a mesma a postura, com abertura para encontrar novas soluções tripartidas, entre o proprietário do Central Park, a Câmara Municipal de Famalicão e o INAC”, conclui a entidade gestora.
Câmara também procura soluções
Já a Câmara Municipal, em resposta enviada ao OP, adianta que “está a procurar, dentro daquelas que são as suas possibilidades, uma solução que garanta a continuidade do projeto no concelho, como de resto o tem feito desde a primeira hora em que o INAC se instalou em Famalicão”.
A autarquia não adianta, contudo, que solução ou soluções estarão em cima da mesa, nem se há uma real possibilidade de o INAC ver a perder alguma parte das suas instalações. Apenas acrescenta que, desde a chegada do instituto ao concelho, em 2017, “tem dado todo o apoio e o conforto necessários para que o INAC possa desenvolver e concretizar o seu projeto e continuar a crescer a partir de Famalicão”.

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