Famalicão
Associação Dar as Mãos vai arrancar com a construção da casa para os sem-abrigo

A Associação Dar as Mãos já tem luz verde para avançar com a construção de A Casa, um equipamento destinado a apoiar as pessoas em situação de sem-abrigo. A obra, orçada em cerca de três milhões de euros, acaba de ver aprovada a candidatura aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que vai financiar o projeto em cerca de 85%.
O anúncio foi feito, na passada esta segunda-feira, pela Direção da Dar as Mãos, que chamou a imprensa para apresentar o seu Plano de Atividades para este ano. A construção de A Casa será, naturalmente, o projeto que vai dominar a atividade da associação, até porque terá que ficar concluída até 2026, que é o prazo limite estabelecido pelo PRR.
O equipamento vai ser edificado em terrenos cedidos pela Câmara de Famalicão, junto à nova USF de S. Miguel-o-Anjo, em Calendário, e terá capacidade para acolher 52 pessoas, a maioria em quartos individuais, estando ainda previstas duas residências partilhadas para receber agregados familiares que necessitem de realojamento urgente.
Bacelar Ferreira, presidente da Dar as Mãos, sublinha que o objetivo é que o acolhimento dos sem-abrigo seja temporário, por isso, o projeto inclui a criação de oficinas de formação, em áreas como carpintaria ou jardinagem, “de forma a que essas pessoas possam ser reabilitadas e reintegradas na sociedade”.
A obra deverá avançar nos próximos dias, sendo que, no terreno, foram já plantadas 30 árvores de fruto que farão parte da propriedade.
Entretanto, no próximo dia 13 de maio, esta instituição de solidariedade social assinala 31 anos de existência e a data vai ser celebrada com uma homenagem aos 51 fundadores, que vão ter o seu nome perpetuado na sede da associação.
O Plano de Atividades para este ano fica completo com a continuidade das valências da associação, nomeadamente, a cantina social que todos os dias fornece refeições quentes a 72 pessoas. A Dar as Mãos distribui ainda cabazes alimentares, roupa e mobílias a famílias carenciadas. Ajuda ainda no pagamento de diversas despesas, como água, luz, renda e aquisição de medicamentos.
Bacelar Ferreira diz que as solicitações não param de aumentar, assistindo-se, nos últimos tempos, a um fenómeno de “emergência habitacional”. “Tem-nos aparecido casos, e não são só imigrantes, de pessoas que tem até dificuldades em pagar um quarto, porque os preços são exorbitantes”, refere o responsável, que tenciona pedir uma audiência ao presidente da Câmara Municipal, no sentido de perceber “como é que a associação pode ajudar estas pessoas e estas famílias”.

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