Vacinas estragadas: Paulo Cunha lamenta que sala de armazenamento estivesse fechada

O presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, informou hoje que a falha de energia elétrica, que levou à inutilização de 5.000 vacinas contra a Covid 19 em Famalicão (segundo o último balanço das autoridades), se circunscreveu à sala onde as mesmas estavam armazenadas.

Em declarações aos jornalistas, Paulo Cunha referiu que a falha de energia decorreu ente as 22h45 de ontem e as oito da manhã de hoje, numa sala a que o segurança que faz a vigilância às instalações de S. Cosme (onde está instalado o centro de vacinação) não tinha acesso.

“A Câmara Municipal tem uma empresa de vigilância que faz o acompanhamento de todo o processo e a vigilância noturna, quando o espaço não está a ser utilizado”, começou por dizer o autarca, acrescentando, porém, que “quem faz a vigilância não está autorizado a aceder ao local onde estão armazenadas as vacinas”.

“Se essa equipa de segurança estivesse – como eu acho que devia estar – autorizada a aceder a esse espaço, isto não teria acontecido”, diz ainda o edil.  

Paulo Cunha sublinha que o edifício onde funciona o centro de vacinação é propriedade do município e foi cedido às autoridades sanitárias, a pedido destas, “cumprindo todas as prescrições e todos os requisitos que foram estabelecidos por essas autoridades”. Contudo, adverte que não é Câmara que gere o centro de vacinação.

O autarca famalicense não tem dúvidas de que a perda destas vacinas “significará um retrocesso no processo em curso, pelo menos nos próximos dias, sendo que “estão a se criadas condições para que, pelo menos as segundas tomas sejam asseguradas”.

Paulo Cunha referiu ainda que o complexo de S. Cosme está dotado de um gerador, que é acionado quando se deteta uma falha de energia. “Como o espaço em causa estava vedado, não foi possível detetar essa falha”, justifica.

Refira-se que, segundo o balanço mais recente, já foram administradas cerca de 23 mil vacinas no centro de vacinação de Famalicão. A média atual era de 500 inoculações por dia, com a perspetiva de passar para 1000 por dia em maio.