Famalicão
Armindo Costa recordou Abril em encontro do PSD em Oliveira Santa Maria
Armindo Costa partilhou memórias e histórias da Revolução de Abril de 1974, num encontro promovido pelo núcleo do PSD de Oliveira Santa Maria, que lotou a sede da Junta de Freguesia.
O antigo presidente da Câmara Municipal de Famalicão (2002-2013) recordou episódios que vivenciou no período que antecedeu a Revolução e no dia 25 de Abril, para além da tensão vivida até ao 25 de Novembro, sem deixar de pontuar a sua intervenção com a situação geopolítica mundial.
“Nestes dias difíceis que se vivem no leste europeu, são momentos como este que nos avivam o sentido de obrigação de continuarmos a defender e a lutar pelos mais altos valores democráticos, principalmente, o direito à vida e à liberdade”, enfatizou o ex-autarca.
O 25 de Abril de 1974 apanhou Armindo Costa a trabalhar como diretor industrial numa indústria de calçado na zona de Carcavelos. O 1 de Maio, primeiro Dia do Trabalhador em liberdade, foi igualmente memorável. “Dia único na minha vida, lindo!”, disse.
Para fugir ao “Verão Quente” que se seguiu e a toda a agitação social e política que fervilhava junto do tecido industrial da região de Lisboa, decidiu regressar a Famalicão em 1975 e tornar-se empresário de calçado, fundando a ACO. “Saí na hora certa porque o descontentamento era muito grande. As pessoas perceberam que já ninguém conseguia dar a volta ao que estava a acontecer. Foi quando, aqui em Famalicão, incendiaram a sede do Partido Comunista, ocorrendo também desacatos em Fafe, Braga e Guimarães. Até que chega o 25 de Novembro”, lembrou.
A ligação de Armindo Costa ao PSD começou por causa de Francisco Sá Carneiro. “Eu era apartidário, mas depois do 25 de Abril alinhei pelas pessoas que deram tudo por Portugal: os que pertenciam à ala liberal do PPD/PSD, como Sá Carneiro e Pinto Balsemão”, declarou, sublinhando: “Tive e continuo a ter uma grande admiração por Sá Carneiro, um dos fundadores da nossa democracia, tanto pelo que fez antes do 25 de Abril, como pelo que fez depois”.
O encontro, moderado por Hugo Mesquita, contou também com a participação de Nuno Reis, deputado à Assembleia da República entre 2009 e 2015.
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