Famalicão
Antoninas arrancam sexta-feira. ”Serão as maiores festas de sempre”, diz Mário Passos

As Festas Antoninas arrancam esta sexta-feira e, em entrevista ao OPINIÃO PÚBLICA, o presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, apresenta a edição 2025 como as maiores de sempre. Tendo em conta o orçamento, que é também o maior de sempre, o edil sublinha o desejo de querer projetar Famalicão no país e no mundo com a romaria mais importante do concelho.
OPINIÃO PÚBLICA: Como é que vão ser as Antoninas deste ano? Ou o que é que os famalicenses podem esperar das festas com o maior investimento de sempre? Estamos a falar de um orçamento de quase um milhão de euros… é significativo.
Mário Passos: Sim, é o maior orçamento de sempre em termos absolutos, mas um dos menores em termos relativos, porque também temos o maior orçamento municipal da nossa história.
Portanto, quando se faz a divisão, corresponde a um dos menores de sempre. Mas isso é pouco importante. O que é realmente importante é que nós ganhámos com as Festas Antoninas, desde logo em notoriedade, prestígio e promoção do concelho de Vila Nova de Famalicão, que, como é sabido, é cada vez mais procurado. A sua demografia tem crescido imenso, tanto de portugueses como, obviamente, de muitos imigrantes que escolhem Famalicão para viver e trabalhar. Estas festas ajudam-nos a colocar Famalicão no radar, como costumamos dizer.
Por outro lado, são festas que trazem um enorme retorno económico a Famalicão. E quanto maiores e com mais qualidade forem, mais retorno trazem. Por isso, também outros concelhos, aqueles que também são grandes, apostam cada vez mais nas suas próprias festas. O retorno económico é muito importante, desde logo, para o nosso comércio local, que é um dos principais beneficiários.
E depois, algo que é muito importante para mim, e certamente para nós, é aquilo que somos capazes de fazer, nós, famalicenses. Estas festas são feitas, sobretudo, pelos famalicenses e, cada vez mais, com grande envolvimento. Por exemplo, nestas festas teremos o maior número de sempre de grupos, associações e artistas famalicenses envolvidos, além das escolas, como é óbvio. Este compromisso dos famalicenses com as suas festas maiores é notável, é extraordinário, é magnífico. Tenho o privilégio de poder assistir a isto.
Obviamente, a Câmara Municipal apoia, estimula, incentiva e está presente. Quer muito estas festas, senão seria difícil. Mas não adiantaria nada se os famalicenses não quisessem. E eles querem muito também. Por isso, temos uma programação cada vez mais eclética, com mais qualidade, mais quantidade e muitos dias de iniciativas: são oito dias. E estou certo de que, se São Pedro também ajudar um bocadinho o Santo António, teremos, com certeza, as maiores festas de sempre no nosso concelho.
Trata-se, mais uma vez, de um cartaz ambicioso, com nomes como Mariza, Slow J e Nuno Ribeiro que vão encher o centro da cidade e que vão de encontro ao gosto de muitas pessoas…
Sim, o cartaz é eclético na sua diversidade e procura envolver todas as franjas da população, para agradar a todos os gostos.
Essa tem sido uma preocupação desde que renovamos esta cidade, onde hoje se vive intensamente. Parece até que tem muitos mais anos. Refiro-me, claro, à requalificação, que nos permite fazer o que estamos a fazer. Já o disse muitas vezes: com a cidade anterior não era possível realizar o que fazemos agora, para além da sua atratividade.
A diversidade vai desde os mais pequeninos, com o seu cortejo na próxima sexta-feira, às crianças, a quem queremos transmitir os nossos usos, costumes e tradições, ou seja, a nossa identidade, o nosso ADN. Elas precisam de viver intensamente estas festas enquanto são pequenas, para as viverem ao longo da vida e, mais tarde, participarem como protagonistas das Festas Antoninas de Vila Nova de Famalicão.
Depois, do ponto de vista dos espetáculos, o chamado cartaz principal, temos tido o cuidado de incluir artistas para adolescentes e jovens, e outros para o público em geral. Queremos que todos venham à cidade: os famalicenses, mas também as dezenas de milhares de pessoas de fora que, como é sabido, cá vêm todos os anos. Oiço, noutros concelhos, cada vez mais falar das nossas Festas Antoninas.
Tal como em edições anteriores destaca-se a importância da envolvência da comunidade e do grande número de associações, coletividades e instituições que participam nas diversas atividades…
A nível cultural, desportivo e recreativo… temos uma grande diversidade. A componente desportiva tem ganho força e está cada vez mais associada às Festas Antoninas. Isso evidencia o tal compromisso: as pessoas querem fazer coisas dedicadas às festas e, à medida que os anos passam, essa diversidade e qualidade vão aumentando.
Sim, é o tal compromisso que se verifica nas Festas Antoninas e, felizmente, noutras dinâmicas que ocorrem através das iniciativas da Câmara e das próprias comunidades.
As comunidades geram cada vez mais iniciativas. Temos mais festas e romarias no nosso concelho, e é bom ver que, para além do apoio da Câmara, as pessoas procuram outros apoios e envolvem-se genuinamente. Querem muito estas festas. É o compromisso de que falo, querer sempre mais, ser exigente connosco e com as nossas comunidades, sermos insatisfeitos. E é isso que temos sido, exemplares, diria eu. Isso permite-nos atingir patamares mais altos, como Famalicão tem conseguido.
E continua também a haver um reforço nas Marchas de forma a valorizá-las…
Sim, é o maior investimento de sempre. Aliás, mais de 25% do orçamento é destinado às Marchas Antoninas.
São para os famalicenses e para as associações do concelho. Só esta parte — as Marchas Antoninas , já demonstra a qualidade crescente das nossas festas. Ombream com as melhores realizações em Portugal, tanto em festas e romarias em geral como nas Antoninas em particular. Claro que isso custa dinheiro. Mas é dinheiro que a Câmara tem e que investe em Famalicão, para os famalicenses e as suas associações. Muitos outros grupos também participam.
A Câmara quer apoiar, quer ajudar, com um envelope financeiro próprio. As Marchas Antoninas representam 25% do orçamento total. E, como costumo dizer, é dinheiro bem gasto. Digo muitas vezes que até é barato: termos Marchas Antoninas com esta qualidade, reconhecida por todo o país, e custarem o que custam, é barato. É barato porque os famalicenses trabalham muito. Se não fosse assim, teríamos de pagar tudo. Assim, pagamos só uma pequena parte do que é feito.
É o grande momento das Festas Antoninas, o mais alto. Este ano, se Deus quiser, será igual ou melhor. Todos os anos há um acréscimo de qualidade, e eu tenho acompanhado o que se passa nas diferentes marchas. Está tudo muito bem. Vejo muito entusiasmo.
Este ano são nove e claro que o tema à volta de Camilo Castelo Branco era incontornável…
Sim, no âmbito das Comemorações do Bicentenário de Camilo Castelo Branco, o nosso grande génio da literatura portuguesa, teremos um momento especial.
Camilo, que era um génio e criativo, inspira muita criatividade e liberdade, é uma temática de espectro largo, como costumo dizer. Com certeza teremos boas surpresas, com muita qualidade, nesse momento alto das festas. São muitas, dezenas e dezenas de milhares de pessoas que vêm. Já nem sabemos quantas exatamente: são muitos milhares. Os ingredientes estão todos reunidos para termos as melhores Festas Antoninas de sempre, como queremos todos os anos. A logística melhora também, de ano para ano.
Estão reunidos todos os ingredientes para as Festas serem um grande evento em Famalicão…
Estamos aqui, e atrás de nós está a zona que chamo o “Arraial Minhoto”, onde se comem boas sardinhas, e outras coisas, claro. Está já muito mais bonito que nos outros anos. Temos investido para que estas festas sejam cada vez mais impactantes, mais vibrantes, que nos orgulhem e nos entusiasmem cada vez mais.
Deixo aquele apelo habitual: vale a pena viver intensamente estas Festas Antoninas. Estou certo de que todos vão ficar entusiasmados e orgulhosos. Também é importante termos estes momentos mais lúdicos e recreativos, que nos ajudam a ultrapassar os desafios da vida.
Estou certo de que os famalicenses não precisam de convite, já estão convocados por natureza. Mas aproveito os meios de comunicação social para chegar mais longe: a todos os que são de fora, venham a Famalicão. Vão sentir-se muitíssimo bem aqui, na nossa terra, que se chama Famalicão.

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