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Famalicão

Ecoparque de Cabeçudos aguarda pela revisão do PDM 

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O projeto do Ecoparque de Cabeçudos foi, mais uma vez, motivo de divisão entre o presidente da Câmara de Famalicão e os vereadores da oposição, na reunião do executivo da passada quinta-feira. O PS voltou a questionar quando é que o polémico projeto regressaria à agenda da reunião de Câmara, depois de ter sido retirado por duas vezes. Mário Passos respondeu que o mesmo iria ser apreciado no âmbito da segunda revisão Plano Diretor Municipal (PDM), que está em curso.

No final da reunião, o vereador socialista Paulo Folhadela, em declarações aos jornalistas, considerou que a informação transmitida pelo edil “é uma ótima notícia para o promotor, que vai conseguir licenciar o projeto que apresentou e que está pendente na Câmara Municipal”.

Recorde-se que o PS sempre questionou a legitimidade e o interesse público do projeto do ecoparque e insurgiu-se com um ato de desflorestação que o promotor terá realizado no terreno para onde o ecoparque está projetado, desconhecendo-se ainda o impacto ambiental dessa ação. 

Agora, Paulo Folhadela diz que Mário Passos “anunciou a forma como vai conseguir resolver um problema que tinha várias vertentes: legal, jurídica e política”.  “O senhor presidente da Câmara tinha consciência de que esta proposta causaria muitos problemas políticos no seio da coligação”, atira o vereador que conclui que a solução encontrada foi “incluir o ecoparque na revisão do PDM, ficando, assim, por natureza, viabilizado”. 

Mário Passos rejeita as acusações dos socialistas e diz que a criação de mais parques industriais no concelho, “sejam eles ecoparques ou não”, é uma das principais vertentes da revisão do PDM. Por isso, entende que o foco da oposição no projeto de Cabeçudos “é, claramente, um aproveitamento político”. 

Mário Passos reafirma que com o ecoparque será criado, naquela zona, “um parque ambiental que é quase metade do Parque da Devesa”, mas é sobretudo a atração de “bom investimento” para o concelho que preocupa o edil. “Temos recebido na Câmara Municipal muitas propostas de investimento para grandes unidades industriais, que necessitam de terrenos apropriados, porque não queremos fazer o que se fez no passado: misturar indústria com habitações e esse é um dos principais enfoques da revisão do PDM”. 

Precisamente, esta revisão do documento também suscitou as críticas dos socialistas, desta vez pela voz da vereadora Maria Augusta Santos que lamentou que esse processo, iniciado há cinco anos, ainda não esteja concluído. “É um tempo exagerado, inaceitável, que pode impedir que sejam feitos determinados investimentos e planejamentos”, afirmou.

Por seu lado, o presidente da Câmara lembrou que o PDM é um documento muito complexo, que envolve a consulta de cerca de 20 entidades externas à autarquia. De qualquer forma, reconhece que há urgência nessa revisão e disse esperar que, no próximo mês de julho, a proposta esteja concluída e possa já entrar em fase de discussão pública.

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