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Projeto da paisagem protegida das Pateiras do Ave com novo estudo

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Depois de retirar da discussão pública a proposta de regulamento para a criação da Paisagem Protegida Local das Pateiras do Ave, a Câmara Municipal já está no terreno a fazer um novo Estudo Técnico de suporte à criação da paisagem protegida local. Tal como sublinhou ao OPINIÃO PÚBLICA, o vereador do Ambiente na Câmara Municipal, a intenção é “envolver mais diretamente as autarquias locais e populações locais através da participação dos cidadãos por si ou através de associações representativas dos seus interesses.” Pedro Sena quer, aliás, que as pessoas não tenham dúvidas sobre o que vai ser feito e por isso vão ser auscultadas. Mas é perentório: “O projeto das Pateiras vai para a frente, disso não há dúvidas”.

Recorde-se que há cerca de um mês, depois de a autarquia ter decidido prolongar o período de discussão pública, acabou por anular, de vez, a proposta de regulamento para a constituição de uma zona de paisagem protegida. Conforme era descrito na proposta que foi à reunião do executivo, a Câmara Municipal não pretende promover o uso do solo contra a vontade dos proprietários ou utilizadores”. 

Aliás, foi a própria autarquia de Fradelos que levantou dúvidas quanto à compatibilidade entre o atual uso dos solos e a paisagem protegida a criar. O presidente da Junta, tal como frisou em entrevista ao OP, ficou “muito satisfeito” com a anulação do anterior regulamento. “Depois de falar com o vereador e o presidente da Câmara chegamos à conclusão que seria o melhor”. Para Adelino Costa, o importante é que Fradelos “fique libertada como estava anteriormente e que o regulamento não impeça que as pessoas possam, por exemplo, construir”. Muito critico em relação ao que estava previsto, o autarca não quer que a freguesia fique amarrada a um projeto que iria condicionar a vida de todas as pessoas.

“Este regulamento morreu e vai fazer-se um só para os terrenos da Câmara ou que vier a adquirir”, sublinha Adelino Costa que considera que o mesmo “não se enquadrava na nossa ideia e na das gentes de Fradelos”.

“Este projeto jamais iria contra as populações”

Desde o primeiro momento que para Câmara é claro que qualquer projeto de paisagem protegida que se venha a elaborar, deve respeitar as atividades económicas em curso, nomeadamente a agrícola que caracteriza a área”.

O vereador do Ambiente considera que é adquirido que a criação e expansão da área protegida deve ser feita de forma consensual com os proprietários dos solos, “e que a Câmara jamais iria contra a vontade das populações”. Aliás Pedro Sena recorda que a paisagem protegida local, Pateiras do Ave de Fradelos, é um projeto do Município que tem por objetivo promover o desenvolvimento da região. E, por isso, está fora de questão não avançar com o regulamento, que vai ajudar toda a comunidade.

Desde logo, porque a área viu um projeto aprovado no âmbito do Programa LIFE, um instrumento financeiro comunitário que foi criado com o objetivo específico de contribuir para a execução, a atualização e o desenvolvimento das Políticas e Estratégias Europeias na área do Ambiente, através do cofinanciamento de projetos com valor acrescentado europeu.

O projeto implica, entre outros aspetos, várias reutilizações da água da ETAR da Agra, em Fradelos, para os campos agrícolas. “Queremos desenvolver o que se chama de Bio ETAR, ou seja ,as águas residuais vão para lá e, através de plantas, a água é tratada e pode ser reutilizada”, explica o vereador do Ambiente que não tem dúvidas que a área merece mais investimentos virados para as alterações climáticas.

A Paisagem Protegida Local das Pateiras do Ave está localizada numa área de cerca de 1800 hectares que abrange os territórios das freguesias de Fradelos, Ribeirão e Vilarinho das Cambas com paisagens e elementos que evidenciam o grande valor estético, ecológico e cultural da região.
A paisagem a preservar é um mosaico de floresta e campos agrícolas, centrado na freguesia de Fradelos, na sua arquitetura tradicional, nas suas tradições, mas, principalmente, na sua biodiversidade, nos seus habitats e nos seus ecossistemas que persistem nas margens do rio Ave.

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