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Famalicão

CHMA com dificuldades em contratualizar serviço de transporte de doentes

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O Centro Hospitalar do Médio Ave (CHMA), que integra os hospitais de Famalicão e Santo Tirso, está a ter algumas dificuldades em contratualizar o serviço de transferência de doentes não urgentes para outras unidades, embora garante que o serviço tem sido assegurado.

Em maio, o CHMA abriu um concurso de caráter urgente que visava o transporte de doentes, que ficou deserto, revelou a administração, num esclarecimento enviado ao OPINIÃO PÚBLICA, depois de uma denúncia nas redes sociais sobre falhas no transporte de um doente do Hospital de Famalicão para outra unidade.

A publicação na rede social Facebook, que rapidamente se tornou viral, dava conta de que um jovem, na madrugada do passado domingo, terá esperado várias horas para ser transportado para outra unidade, sendo que o autor da publicação adiantava que nenhuma corporação de bombeiros se disponibilizou para assegurar essa transferência, alegadamente por atrasos do pagamento desses serviços por parte da administração do CHMA.

Em comunicado, o Conselho de Administração deste centro hospitalar garante que “o CHMA não tem dívidas em atraso a nenhuma corporação de bombeiros” e que “os pagamentos são feitos com regularidade, cumprindo os prazos acordados”.

Na mesma nota é explicado que, em fevereiro deste ano, foi renovado com a Associação de Bombeiros Voluntários Famalicenses o contrato de fornecimento de serviços de transportes não urgentes de doentes. Porém, em maio, a referida corporação “apresentou a denúncia do contrato, com efeitos imediatos, alegando que estava a ter um elevado prejuízo com o mesmo”.

Foi, então, aberto um procedimento concursal urgente, para todas as corporações de bombeiros dos três municípios da área de influência do CHMA (Famalicão, Santo Tirso e Trofa), que ficou deserto, relata a administração, adiantando que foi, entretanto, aberto um novo concurso público, que concluirá no final da próxima semana.

“Os transportes não urgentes de doentes têm sido, entretanto, todos assegurados por várias entidades (corporações de bombeiros e entidades privadas), com estabelecimento de prioridades, de acordo com critérios clínicos”, refere o CHMA, reconhecendo, contudo, que, “por vezes, a demora do transporte de doentes não urgentes é superior à desejável”.

O OPINIÃO PÚBLICA não conseguiu obter uma reação junto das corporações de bombeiros, nomeadamente, da direção dos BV Famalicenses, porém são conhecidas as críticas do presidente da Direção desta corporação à forma como o Estado paga os serviços prestados pelos voluntários. Ainda em março último, na celebração da Comunhão Pascal dos BV Famalicenses, António Meireles dizia “estar a tornar-se insuportável para as associações de bombeiros cumprir os seus desígnios”, porque “o Estado não paga o justo por esses serviços” exemplificando que “o valor do quilómetro não cobre, nem de longe nem de perto, as despesas”.

De resto, esta posição é subscrita por muitas outras corporações de bombeiros voluntários do país, sendo que, em declarações à Agência Lusa, fontes da Liga dos Bombeiros Portugueses e da Federação de Bombeiros de Braga comentaram que atrasos no pagamento a corporações “são transversais a todo o país e em várias situações”, recusando, contudo, comentar esse caso em específico.

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