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Famalicão

“Câmara de Famalicão registou 38% de água perdida e não faturada” – PS

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O sistema de abastecimento de água da Câmara Municipal de Famalicão registou 38% de água perdida e não faturada no ano de 2020, segundo indica o Sistema Nacional de Informação de Indicadores de Perdas de Água.

Os dados foram avançados pelos vereadores do Partido Socialista (PS) na reunião do executivo camarário desta quinta-feira, que explicaram que, em 2020, entraram no sistema de abastecimento de Famalicão um total de 7,3 milhões de metros cúbicos de água, mas só foram faturados aos famalicenses 4,5 milhões de metros cúbicos, enquanto os restantes 2,7 milhões de metros cúbicos de água foram perdidos em fugas de água na rede e não foram, por isso, faturados.

“A Câmara de Famalicão está a perder em fugas de água na rede mais de um terço do total da água que o Município gasta. É um problema ambiental gravíssimo, que coloca Famalicão no grupo dos municípios portugueses que mais água perdem. Estamos na cauda do país”, afirmou Eduardo Oliveira, no período de antes da ordem do dia.

Afirmando que qualquer esforço na poupança da água é sempre de louvar”, o vereador socialista lamentou que a Câmara Municipal de Famalicão tivesse promovido uma campanha de notícias na imprensa por causa de uma poupança de 63 mil metros cúbicos de água resultante da suspensão da rega dos jardins e dos espaços verdes.

“Convinha ter a noção que estamos a falar de números irrisórios: os 63 mil metros cúbicos de água poupada na rega representam apenas 0,86% dos 7,3 milhões de metros cúbicos de água consumida no concelho de Famalicão no ano de 2020”, referiu. “Não podemos poupar a qualquer preço”, apontou Eduardo Oliveira. E acrescentou: “As flores e plantas dos jardins e dos espaços verdes da cidade estão a morrer por falta de rega. A vegetação dos jardins e dos espaços relvados está queimada e as árvores estão com as folhas amarelas e a cair, quando ainda estamos a dois meses do outono”.

O vereador da oposição deu como exemplos “a relva da faixa central da Avenida 25 de Abril”, que “está queimada porque não é regada”. “O mesmo acontece no Parque da Juventude ou na Rotunda 1º de Maio. Temos um sobreiro, junto à Rotunda Bernardino Machado, que já secou”, acrescentou.

Assim, defendeu que “mais do que poupar na rega de jardins e espaços verdes, matando a flora famalicense, o que a Câmara Municipal tem a fazer é investir seriamente no combate ao desperdício de água”.

MÁRIO PASSOS: CÂMARA ESTÁ A TOMAR MEDIDAS QUE SÃO EXEMPLO NO PAÍS

Na resposta, o presidente da Câmara, Mário Passos, não contestou os números apresentados pelo eleito do PS, mas assegurou que a autarquia está “a digitalizar” toda a rede de abastecimento com o objetivo de detetar onde existem e qual a origem das fugas de água, para as resolver.

Quanto à desativação da rega automática, Mário Passos afirmou que a medida “tem servido de exemplo e está a ser replicada por outras autarquias do país” e lembrou que que foi “o primeiro presidente de Câmara a fazer referência à necessidade de poupança de água face ao período de seca, quando ainda estávamos em janeiro”. O edil sublinhou também que a desativação da rega automática não foi a única medida implementada, dando como exemplos a criação de jardins com plantas com menos necessidade de rega, a utilização de água para rega de poços que estavam desativamos há vários anos, a instalação e reservatórios para aproveitar a água da chuva e a construção e uma represa em Fradelos.

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