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Famalicão

ENTREVISTA: “Se for eleito, os famalicenses terão uma voz que os vai representar”

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Tem 62 anos, é técnico de apoio jurídico no Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes e foi presidente da Junta de Freguesia de Riba de Ave de 1990 a 2002.  Miguel Lopes é o candidato da CDU à Câmara de Famalicão nas eleições autárquicas deste ano e não esconde o objetivo de ser eleito para a vereação do executivo.

OPINIÃO PÚBLICA: Já foi candidato à Câmara pela CDU há oito anos, nas autárquicas de 2013. O que o leva a voltar a candidatar-se?

Miguel Lopes: A razão fundamental foi um dever de cidadania. Aceitei desde logo o convite que me foi dirigido, por entender que seria uma mais-valia para a CDU no que concerne aos resultados eleitorais que pretendemos. Portanto, o meu propósito é – e penso que vamos atingir esse objetivo – conseguir mais votos e, consequentemente, mais eleitos da CDU.

Há oito anos não conseguiu o objetivo de ser eleito vereador. Hoje, esse objetivo está mais perto ou mais longe?

Penso que está mais perto. O nosso objetivo é conseguir um bom resultado, melhor que no das eleições anteriores e isso passa também pela minha eleição ao executivo municipal e pela eleição e mais candidatos para a Assembleia Municipal. Sabemos que o propósito não é fácil, mas estamos convencidos que com o trabalho que temos vindo a desenvolver e pelas propostas que vamos acolher da população, esse objetivo será alcançado.

De resto, nestas eleições há mais três forças políticas a concorrer, isso aumenta a incerteza dos resultados?

Aumenta a incerteza mais do lado das forças políticas de direita, porque as candidaturas que têm surgido são mais nessa ala.

O que pode mudar na Câmara de Famalicão com um vereador da CDU?

Os famalicenses podem ter a certeza de que terão uma voz que os vai representar e que vai colocar no executivo municipal, sempre que necessário, as suas pretensões. Há muitos cidadãos que têm preocupações que não conseguem fazer chegar ao local certo, nomeadamente às reuniões do executivo municipal. Com o trabalho que irei desenvolver, na convicção de que serei eleito, essas pessoas poderão ter a certeza de que darei voz a essas pretensões e anseios.

Acha que a oposição atual não tem feito esse trabalho?

Há anos que o executivo municipal é constituído por duas forças, PSD/CDS e PS, que ou estão no poder ou na oposição.  Esse panorama poderá ser alterado agora com a diversidade de outras forças políticas.

Como foi ou está a ser preparado o vosso programa eleitoral?

Temos vindo a promover uma série de ações de contacto junto das mais diversas entidades particulares e públicas e também e associações e dos contato direto com as populações. Destes contatos, estamos a recolher contributos e propostas que vamos fazer incidir no nosso programa eleitoral.

Quais são os problemas mais apontados pelas pessoas e instituições que têm auscultado?

Ao nível das associações e instituições, estão relacionados, sobretudo, com a questão financeira. Muitas delas dizem que estão estagnadas, a passar por graves dificuldades financeiras, agravadas pela pandemia. Ao nível da população, as preocupações têm a ver com as questões sociais, com a habitação e com a requalificação da rede viária. Nas freguesias ainda existem muitas acessibilidades que não são dos dias de hoje. Verificamos também a precariedade de muitas famílias, com dificuldades financeiras, e a Câmara Municipal tem o dever de apoiar essas famílias.

A almofada financeira anunciada pela Câmara, já no ano passado, para fazer face à pandemia, não foi suficiente?

Não, não foi. E direi mais: se a Câmara se arroga que tem dinheiro, então que apoie os necessitados. E é isso que pretendemos fazer ver com a nossa presença no executivo municipal.

Quais serão as prioridades do vosso programa eleitoral?

O programa ainda está a ser elaborado e é ainda prematuro apresentar propostas.

Aquando da apresentação da sua candidatura falou da habitação como um problema gritante…

E, de facto, é um problema gritante. Por exemplo, numa reunião que tivemos com a Associação Comercial e Industrial de Famalicão, uma das questões levantada foi a desertificação da cidade. As pessoas estão a sair da cidade e é preciso chamá-las para a urbe. Mas o arrendamento em Famalicão é muito caro e a Câmara também tem uma palavra a dizer. Não é sua competência, mas pode sensibilizar as várias entidades, nomeadamente, na compra e no apoio ao arrendamento.  

Falou da questão das acessibilidades. O que os preocupa nesta área?

A extensão da VIM até Braga é uma das nossas propostas. Assim como a EN14 e o acabar de vez com os constrangimentos na ligação da vila de Ribeirão à cidade da Trofa. Preconizamos também a requalificação na EN 206, entre Famalicão e Guimarães, até para dar mais condições às industrias e melhor qualidade de vida a quem ali habita. Isto para não falar da rede viárias nas freguesias, como disse anteriormente. 

Como avalia a governação do município nos últimos anos?

Essa avaliação não sou eu que a vou dar, mas a população no ato eleitoral que se avizinha.

A CDU vai apresentar candidaturas a todas as freguesias do concelho. Que resultados esperam?

Obter mais votos e ter mais eleitos nas freguesias, que atualmente são poucos. Isto também demonstra a dinâmica da CDU e posso garantir que grande parte das pessoas que constituem as nossas listas são pessoas muito jovens, que estão interessadas em servir a vida pública

O que vão privilegiar na campanha eleitoral? A pandemia veio dificultar?

A pandemia é um problema porque há muitas restrições. A CDU gostava de dirigir a sua atividade de campanha para o contacto direto com as pessoas, com comícios. Neste momento, torna-se mais difícil, tem que haver cautelas, mas estamos convencidos que iremos programar uma campanha com o contatos com as populações e que as nossas propostas irão ser acolhidas.

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