Famalicão
Greve dos técnicos de diagnóstico continua em outubro no Hospital de Famalicão
Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica da Unidade Local de Saúde do Médio Ave decidiram prolongar a greve, que iniciaram em setembro, pelo mês de outubro. Na passada quarta-feira, estes profissionais concentraram-se em frente ao Hospital de Famalicão para manifestar o seu descontentamento.
Segundo o STSS, sindicato do setor, a adesão à greve tem rondado os 90%, e, sem alcançar os resultados desejados, os profissionais decidiram prolongar a paralisação para o mês de outubro. A greve continuará nos dias 2, 3, 8, 9, 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de outubro, entre as 8h00 as 11h00.
De acordo com o presidente do STSS, Luís Dupont, esta greve está relacionada com a progressão na carreira e a atribuição de pontos com base na avaliação de desempenho, o que afeta o posicionamento remuneratório. “Há instituições que estão a aplicar corretamente os pontos, seja por decisão própria ou dos tribunais. Infelizmente, esta ULS é uma das instituições que não está a aplicar corretamente e insiste que só o faz quando tiver instruções da tutela”, afirma. E acrescenta: “dependendo da situação de cada trabalhador, podemos falar da diferença de uma ou duas posições remuneratórias, o que equivale a 200 ou 400 euri mensais, respetivamente”.
Esta greve, que abrange os concelhos de Famalicão, Santo Tirso e Trofa, pode impedir a realização de diversos exames complementares de diagnóstico, como análises clínicas, ecografias e raio-X, bem como afetar áreas terapêuticas como farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional. A ausência destes exames não só compromete diagnósticos, como também cirurgias programadas. Apenas os serviços mínimos serão assegurados, garantindo o funcionamento das urgências.
Luís Dupont alerta que “a tutela comprometeu-se a “clarificar esta matéria, que não é uma matéria negocial, é simplesmente uma questão de interpretação jurídica, até ao final de outubro e a agendar, em setembro, uma reunião para elaboração do protocolo negocial, atualizar a tabela salarial e corrigir injustiças na revisão de carreira”. Contudo, até ao momento, nada foi feito e o silêncio persiste”. Como consequência, os trabalhadores planeiam intensificar as formas de luta com mais dias de greve, face à falta de resposta do Ministério da Saúde.
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