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CDU de Famalicão diz que revisão do PDM coloca em risco a cidade desportiva

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A CDU de Famalicão diz que a proposta de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) apresentada pela Câmara Municipal, não serve os interesses do concelho e dos famalicenses e, caso não seja alterada, votará contra o documento em sede da Assembleia Municipal. 

A coligação de esquerda chamou os jornalistas à sede do PCP de Famalicão para se pronunciar sobre a revisão do PDM, saudando, desde logo, “ a elevada participação registada” no período de discussão pública, que agora terminou. Quanto ao documento, considera que “há mesmo um retrocesso evidente em relação ao PDM em vigor, já de si muito maltratado”.

Em concreto, a CDU diz que a proposta de revisão “parece mais acautelar interesses privados e não, como deveria ser, defender o bem comum”, algo que não surpreende Tânia Silva, deputada da CDU na Assembleia Municipal, que lembrou que a coligação de esquerda “tem vindo a denunciar, há vários anos, que o que move este executivo PSD/CDS são os interesses privados e não o interesse coletivo”. 

Por outro lado, acusa o atual executivo de falta de planeamento e estratégia. “Tem muitos slogans e frases feitas, mas não há um pensamento estrutural por trás, uma ideia de fundo do que se quer para o concelho. E esta proposta de revisão do PDM é exemplo disso mesmo”, afirma a deputada municipal, acrescentando que “para além de cedências ao mercado imobiliário, há um claro retrocesso na possibilidade de corredores verdes no nosso concelho”.

Os terrenos do atual estádio municipal são, no entender da CDU, um bom exemplo da falta de planeamento e estratégia, afirmando mesmo que a atual revisão do PDM coloca em risco a “nossa cidade desportiva”. A este propósito, Tânia Silva lembra que, em 2008, ainda com Armindo Costa, surgiu a primeira intenção que pretendia construir uma nova cidade desportiva através de uma Parceria Público Privada (PPP) em terrenos junto à A7/A3 e alienar os terrenos do atual estádio. Uma proposta com a qual a CDU esteve sempre contra e que viria a ser abandonada depois das PPP caírem “em desgraça tal era o custo para o erário público”.

Mais tarde, com Paulo Cunha na presidência da autarquia houve mais uma intenção de reabilitar o estádio, “mas alienando parte dos terrenos”, o que também não foi concretizando. Agora, com Mário Passos, aparece com nova intenção de construir um novo estádio, mas assumindo que o objetivo era “um prédio com um estádio dentro” com custo zero para o município, o que deixa sérias dúvidas à CDU, que por diversas vezes questionou o executivo sobre esta proposta. 

“Até hoje não conhecemos qualquer projeto, orçamento ou documento sobre este assunto. No entanto, somos confrontados com a proposta de revisão de PDM que já acautela a urbanização de grande parte dos terrenos municipais”, afirma Tânia Silva que apela a todos os famalicenses, “aos que se envolveram no processo de revisão do PDM, mas também a todos os que temem pelos destinos dos terrenos da nossa cidade desportiva, para que não esmoreçam e que persistam”.

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