Famalicão
Casa das Artes acolhe a exposição “Manoel de Oliveira, A Comunidade”
A Casa das Artes de Famalicão acolhe até ao dia 26 de janeiro de 2022, a exposição «Manoel de Oliveira, A Comunidade». Organizada pela Casa do Cinema Manoel de Oliveira – Fundação de Serralves, com curadoria de António Preto, a exposição integra a programação da 6ª edição do «CLOSE-UP – Observatório de Cinema de Famalicão», dedicada ao tema «Comunidade», e as comemorações do 20º aniversário do teatro municipal.
Partindo do acervo documental do realizador português, integralmente depositado em Serralves, a exposição patente na Casa das Artes coloca em diálogo diversos materiais de trabalho, entre eles, guiões, correspondência, fotografias de repérage e de rodagem, recortes de jornal, entre outros documentos, e excertos de filmes representativos do modo como Manoel de Oliveira retratou diferentes comunidades.
Em comunicado, a Casa das Artes especifica que “o material exposto assegura três perspetivas da comunidade ligadas ao realizador, nomeadamente, o «círculo» de atores que privilegiava, a equipa de rodagem com quem possuía laços estreitos, e sete filmes da sua carreira, onde a temática comunitária se evidencia na película”.
Refira-se que a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, projeto do arquiteto Álvaro Siza Vieira, é um polo de referência no domínio do cinema, integrado nos espaços da Fundação de Serralves. Além de um centro de documentação e de sessões de cinema que permitem um acesso regular à obra de Manoel de Oliveira, promove exposições temporárias, ciclos de cinema temáticos e monográficos, retrospetivas e conferências, promovendo, através destes, diferentes possibilidades de aproximação ao cinema contemporâneo.
A exposição «Manoel de Oliveira, A Comunidade» está patente no foyer da Casa das Artes e funciona como um prólogo para o episódio seis do CLOSE-UP, que decorre de 16 a 23 de outubro em vários espaços do teatro municipal.
A edição deste ano do CLOSE-UP conta com cerca de 30 sessões de cinema contemporâneo cruzadas com a história do cinema nas obras de Wong Kar-Way e Hong Sang-soo, sob o mote do Cinema Comunidade, incluindo filmes-concerto pelos Sensible Soccers («Douro Faina Fluvial», 1931, e «O Pintor e a Cidade», 1956) e por Filipe Raposo com a Orquestra Sinfónica Portuguesa («Metropolis», de Fritz Lang), assim como filmes comentados por realizadores, jornalistas e académicos, um panorama pela obra de Basil da Cunha, uma masterclasse, sessões especiais, conversas e sessões para famílias e para escolas.
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