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Famalicão

Município de Famalicão homenageou 74 professores aposentados

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O Município de Famalicão realizou, na passada esta segunda-feira, no auditório da Biblioteca Municipal, a tradicional homenagem aos professores aposentados do concelho. No regresso da cerimónia – cancelada nos últimos anos devido à pandemia – foram reconhecidos 74 docentes que se aposentaram entre 2020 e 2023.

Os homenageados receberam uma placa evocativa do momento das mãos do presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, que, no seu discurso, disse que os professores “merecem devem ser prestigiados e valorizados todos os dias”. E não esqueceu a luta que estes profissionais têm vindo a encetar desde o ano letivo anterior pela valorização das carreiras, quando afirmou que “nos últimos tempos este reconhecimento e valorização tem falhado no plano nacional”.

Ao contrário, no Município de Famalicão, o edil garante que “esta é uma exigência que impomos a nós próprios” porque “as famílias famalicenses confiam aos professores as suas crianças e os seus jovens e estes, com a sua dedicação profissional e a sua sabedoria, ajudam a fazer deles cidadãos livres, responsáveis, qualificados, autónomos e solidários”.

Mário Passos aproveitou, também, a ocasião para falar o investimento do Município na Educação que, segundo ele, representa, nos últimos tempos, 28 milhões de euros em cada ano letivo.

Depois, dirigindo-se aos homenageados, o autarca apelou a que continuem ativos na comunidade, um repto que fez acompanhar da oferta do livro “Museus de Famalicão – O Outro Olhar”, da autoria de Alfredo Cunha. “Continuaremos a contar convosco nas dinâmicas da nossa comunidade, na divulgação e promoção da nossa cultura e na valorização do nosso processo educativo”, afirmou.

A opinião dos docentes

Entre os docentes, o sentimento era de gratidão por esta homenagem. “É sempre bom sermos reconhecidos pelo trabalho que fizemos ao longo de todo este tempo”, disse ao OPINIÃO PÚBLICA, Manuel Jacinto, que foi professor durante 45 anos, os últimos na Escola Secundária D. Sancho I.  Segundo ele, a educação “mudou muito nestes anos” e não foi para melhor. “Quando comecei a lecionar, tinha gosto e dizia esta é a minha escola. Hoje já não diria: vou para a minha escola”, confessou, manifestando-se apreensivo com o futuro dos colegas que estão atualmente no ativo. 

Este sentimento é também partilhado por Alice Santos, docente do 1º ciclo, que ao longo da sua carreira passou por 35 escolas diferentes do norte do país. Apesar de estar aposentada, manifesta-se solidária com a luta que os seus colegas. “Temos que valorizar a carreira, senão, daqui a algum tempo, ninguém quer ir para professor”, alertou, ao mesmo tempo que agradecia a homenagem que tinha recebido da autarquia: “é um gesto que nos valoriza”.

Inês Moreira foi professora de História ao longo de 42 anos. Diz que educação e a escola mudaram muito, desde logo pela introdução das novas tecnologias, a que se habituou bem.  Quanto à homenagem, significa que “o ensino neste concelho é valorizado”.

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