Famalicão
Executivo chumba atribuição de fichas a todos os alunos do 1º ciclo
A maioria PSD/CDS-PP que governa o Município chumbou, na reunião de Câmara da Passada quinta-feira, a proposta dos vereadores do PS para atribuição de fichas de atividades a todos os alunos do 1º ciclo do concelho.
Atualmente, a autarquia oferece os cadernos de atividades de Português, Matemática e Estudo do Meio aos alunos do 1º e 2º anos, e o caderno de atividades de Inglês aos alunos do 3º ano. A proposta dos eleitos do Partido Socialista pretendia que os cadernos de atividades fossem, também, oferecidos também aos alunos do 3º e 4º anos.
O presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, justificou o chumbo da proposta pelo facto de a autarquia, nos 3º e 4º anos, ter substituído os cadernos de fichas pelo patrocínio à escola virtual, a pedido dos próprios diretores dos agrupamentos de escolas e dos conselhos pedagógicos.
“Para nós, era indiferente a atribuição ser feita por via das fichas em suporte de papel ou da escola virtual”, começou por dizer o edil aos jornalistas, adiantando que foi reportado à autarquia que, “no âmbito da transição digital do processo educativo, era importante o 3º e 4º ano terem a escola virtual”.
Mário Passos lembra que já no ano letivo passado isso aconteceu e que a medida resulta de “um processo de reflexão e de debate com os protagonistas do processo ensino/aprendizagem”. “Queremos que existam nas nossas escolas instrumentos educativos cada vez mais modernos”, finaliza.
A explicação não convenceu os vereadores da oposição. Sérgio Cortinhas, em declarações à imprensa, disse que o PS “quer saber com clareza quais foram os conselhos pedagógicos dos agrupamentos de escolas que se pronunciaram conta a adoção de cadernos de atividades em papel”.
O vereador socialista lembrou que “o digital está a ser discutido e questionado na comunidade pedagógica e científica, só não está a ser pensado e refletido na Câmara de Famalicão”, sublinhando que “foram apelos de docentes e encarregados de educação que chegaram ao PS para que apresentasse esta proposta”.
“É lamentável esta decisão, até porque os alunos que estão hoje no 3º e 4º anos vivenciaram as limitações da pandemia e, portanto, é necessário recuperar aprendizagens e esta seria uma ferramenta pedagógica que ajudaria”, concluiu Sérgio Cortinhas.
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