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Famalicão

Riba d’Ave: Centro das demências à espera dos acordos com o Governo

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O Centro de Investigação, Diagnóstico, Formação e Acompanhamento das Demências (CIDIFAD) da Santa Casa da Misericórdia de Riba d’Ave está pronto, mas espera pelos acordos com o Governo para poder funcionar em pleno. Isso mesmo foi dito, na passada segunda-feira, ao deputado famalicense do PS, Nuno Sá, que visitou a instituição.

“Este centro de demência começou a ser pensado em 2015 e em 2017 tivemos o conforto do Ministério da Saúde, num ofício que nos enviou, dizendo que era uma aposta séria, necessária não só à região mas a todo o país”, começou por lembrar, ao OPINIÃO PÚBLICA, Salazar Coimbra, diretor do Hospital Narciso Ferreira, também titulado pela Misericórdia ribadavense. 

O responsável sublinha que o CIDIFAD é, neste momento, “um dos projetos mais inovadores da Europa em termos de acompanhamento na demência, juntamente com a investigação e a formação”, mas a falta de acordos de comparticipação com os ministérios da Segurança Social e da Saúde estão a limitar o projeto. 

“Já estamos a ter alguma atividade no centro, nomeadamente consultas externas especializadas, mas o certo é que não podemos chegar às pessoas que mais necessitam porque as condições de honorários são bastante elevadas e só com os acordos – e foi para isso que nós fizemos este projeto – é possível chegar a todas as pessoas que necessitam destes cuidados”, explica Salazar Coimbra.

O CIDIFAD integra várias valências, desde consultas especializadas, passando por centro de dia, apoio domiciliário, serviço de internamento e investigação na área das demências em parceria com o Instituto Abel Salazar.

A situação foi dada a conhecer ao deputado de Famalicão, Nuno Sá

A expectativa da instituição era que esses acordos fossem celebrados a partir de janeiro, mas agora com o Orçamento do Estado chumbado e com eleições antecipadas, teme-se que o processo atrase. “Acho que será um pouco difícil orçamentar porque vamos, neste momento, ficar com duodécimos”, refere Salazar Coimbra, que alerta: “Será muito difícil á Misericórdia aguentar estar sem orçamento para fazer um acordo até junho do próximo ano”.

Além de entender que esta situação não será “compreensível para as pessoas e para as famílias a quem dizíamos que este projeto teria comparticipação do Estado”, o responsável sublinha ainda que há perto de uma centena de funcionários já contratados. “Se demorara este tempo todo… não sei, poderemos ter que os mandar para casa novamente”, acrescenta.

Nuno Sá prometeu, no tempo que ainda resta a esta legislatura, sensibilizar o Governo para a necessidade de apoiar o projeto. O deputado famalicense sublinha que a Santa Casa da Misericórdia de Riba d’Ave “presta cuidados de saúde da maior relevância” e que o CIDIFAD “tem uma importância fundamental para a região e para o país”.  Por isso, promete “diligenciar, quer no Parlamento, quer junto do Governo, que se mantém em funções e tem que continuar a trabalhar pelos portugueses, para dar respostas e apontar caminhos”.

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