Famalicão
Obras na cidade: conclusão adiada para abril de 2022, mas parques abrem antes do Natal
30 de abril de 2022 é a nova data para a conclusão das obras de renovação do centro da cidade de Famalicão.
A prorrogação do prazo pedida pelo consórcio de empreiteiros foi aprovada, esta quinta-feira, em reunião de Câmara, com os votos contra dos vereadores do PS.
A nova data não significa que toda a obra só esteja concluída a 30 de abril. “Há partes que vão ficar concluídas antes do Natal, como é o caso dos parques de estacionamento da praça D. Maria II e do Antigo Campo da Feira, bem como a Alameda D. Maria II” asseverou o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos.
Falando aos jornalistas, no final da reunião, o edil considerou que, apesar do prazo de conclusão das obras ter siso prolongado por mais seis meses, “estão criadas as condições para que neste Natal o comércio tradicional e local possa já beneficiar com a renovação do centro urbano”.
Os vereadores do PS votaram contra a proposta e entendem que a Câmara Municipal tem responsabilidades no atraso das obras, socorrendo-se, desde logo, da carta que o empreiteiro enviou à autarquia com as razões para o pedido da prorrogação do prazo.
“O empreiteiro critica duramente a atuação da autarquia, fala em indefinições e constantes alterações ao projeto e em problemas que foram surgindo porque várias redes infraestruturais, de água, saneamento e outras, não estavam cadastradas”, referiu o vereador Paulo Folhadela.
Para o socialista, “a Câmara tinha o dever de prever essa circunstância e de chamar a tenção do empreiteiro para fazer constar isso no caderno de encargos e não vir agora dizer que ficou surpreendida pela falta de cadastramento”. “Houve nitidamente uma falta de previsão”, acrescenta.
Mário Passos refuta as acusações da oposição e não entende a carta do empreiteiro como uma crítica à Câmara Municipal. “O que o consórcio apresenta são factos, que aconteceram porque há 30 ou 35anos, não se fazia registo de nada”, referiu o edil.
Mário Passos entende ainda que a Câmara “não podia escavar a cidade para saber onde estavam as infraestruturas, tinha que esperar pela obra”. “E o que apareceu foi uma imensidão de infraestruturas completamente absolutas, algumas já em uso, nomeadamente de telecomunicações, em que foi preciso substituir quase tudo”, justificou.
O PS teme, entretanto, que esta prorrogação do prazo signifique um aumento do custo da obra. Mário Passos não descarta essa a possibilidade, mas diz que até ao momento não foi feito entregue aos serviços municipais qualquer revisão de preços.
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