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Opinião

O continente rosa

Publicado

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Por Domingos Peixoto

Parque da Devesa: “Impressiona a dimensão do manto verde…”, digo eu acerca do mapa resultante das legislativas de ontem: Impressiona o mapa continental pintado de rosa – não confundir, nunca com aqueloutro “Mapa Cor de Rosa” africano!

As legislativas estão encerradas mas, em termos de votos – que já nada influenciam para além da dimensão dos resultados, falta distribuir as escolhas dos emigrantes relativas aos 4 mandatos que lhes cabem. A experiencia recente tem sido 2 eleitos PS e 2 eleitos PSD.

Era para só fazer uma súmula das eleições na próxima semana mas as surpresas gerais foram tão extraordinárias que pouco mais haverá, de novo, que possa ultrapassar a longa noite eleitoral que há pouco acabou!

Impõem-se desde já algumas conclusões:

– As sondagens do decurso das várias campanhas partidárias estavam “todas” erradas no que dizia respeito à dimensão do resultado do vencedor;

– Nunca houve qualquer “empate técnico” entre PS e PSD;

– E quanto à Abs, nomeadamente por causa da pandemia, foi “tudo um mito”;

– Há uma maioria absoluta;

– A abstenção (Abs) foi 42,0%, 9,6% inferior a 2019;

Sejamos mais claros e atentemos nas previsões divulgadas ao fecho das urnas resultantes, segundo afirmam os seus autores, de uma auscultação à “boca das ditas”:

– Só a projeção da CNN acertou no intervalo da Abs; as outras 3 excediam-na, logo no seu valor mais baixo do intervalo que era superior ao mais elevado daquela;

– As quatro projeções acertaram no intervalo do vencedor, que incluía a maioria absoluta;

– Também acertaram no intervalo do resultado do segundo mais votado, à exceção da RTP3(!) que, por excesso ficou fora deste!

A chamada do título justifica-se, precisamente, porque todos os distritos do continente foram vencidos pelo PS, logo, rosa!

Já sabem que “não sou adepto” da maioria absoluta mas não desdenho, de maneira alguma, embora preferisse que o PS governasse com necessidade de apoio parlamentar; mas atenção, Costa prometeu, emocionado, que auscultaria as demais forças parlamentares, naturalmente menos uma…

O que nos devemos questionar todos é: que tipo de sondagens, que objetivos dos comentadores, que políticas partidárias queriam “atirar o Povo Português” para uma governação que este demonstrou, inequivocamente, não desejar? Por que razão foram alvitrados os alarmismos do impedimento de votar de 1.2 milhões de cidadãos confinados? Por que tentam vender-nos que o país está numa crise sanitária, social e económica? Por que tentam impingir aos famalicenses que as estruturas locais do SNS estão incapazes de responder às suas necessidades?

Outra questão, mais objetiva, ainda esta madrugada colocada de forma obscura por Ferreira Leite: “Há necessidade de reformas mas onde é que está uma palavra sobre elas no Orçamento de Estado que Costa exibiu?”… Sim, digam lá, objetivamente, que reformas, em que áreas, com que objetivos é preciso implementar, que o Povo ainda não viu necessidade?

Pois, está bem, querem menos direitos para os trabalhadores, mais rendimentos para os capitalistas, mais precariedade e dependência para os mais desfavorecidos, custo de vida agravado para pobres, pensionistas e classe média enquanto a riqueza e o luxo de uns poucos cresce desmesuradamente com as situações de crise!

Por essas e outras que tais é que não lamento ter incentivado, há dias, na minha página do Facebook: “Força, PS… Com mais clarividência!” Cuidado, no entanto: Há uns pintos a passar a galos…

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