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Opinião

Legislativas: perceções ou incertezas?

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Por Elisa Costa

No voto dos indecisos está o nosso futuro.

No dia 10 de março os Portugueses vão a votos. As pessoas elegem deputados por cada círculo eleitoral e, por isso, é importante que saibam quem são os candidatos do seu concelho que os representam, e o que defendem. São estes deputados que depois vão votar o próximo programa do governo, serão estas eleições a decidir qual o próximo governo e o primeiro-ministro de Portugal. 

Está muita coisa em causa sobre o futuro de cada um e de todos, por isso, ninguém se deve abster, ninguém deve ficar em casa. Das escolhas de cada um depende o futuro de todos. É muito importante que os cidadãos estejam esclarecidos sobre os  programas eleitorais. Embora muitos os considerem documentos extensos, técnicos, teóricos, na verdade, eles encerram toda uma visão ideológica acerca da vida do país e, portanto, programas de ação com consequências diretas na nossa vida.

 Vejamos alguns exemplos: para os jovens, criar programas como o programa Regressar, que já trouxe de volta 30 000 emigrantes, ou mandar os jovens emigrar; investir nas residências juvenis ou defender que devem ser as famílias a suportar o alojamento dos seus jovens; dar transportes públicos gratuitos para menores de 23 ou obrigar as famílias a tudo pagar; desinvestir no setor público ou ter o maior investimento de sempre na história de Portugal; apostar mais de 200 milhões nas estratégias locais de habitação para apoiar as famílias ou entregar a habitação unicamente às posses de cada um; investir na requalificação das estradas ou fazer campanha em Bruxelas para que não haja mais dinheiro para a circulação rodoviária; investir no Serviço Nacional de Saúde ou escoar o dinheiro dos nossos impostos para os privados da Saúde, através do vale-consulta; criar programas públicos de saúde oral ou defender que só quem tem dinheiro é que trata dos dentes; diminuir o horário de 42 para 40 e agora para 37,5h, para pais com crianças com menos de 3 anos ou suprimir feriados, tirando o merecido descanso aos trabalhadores; investir na escola pública (só no distrito de Braga há 30 milhões a serem investidos em 27 escolas) ou reativar os contratos de associação e gerar horários zero na escola pública e nela desinvestir; taxar mais alto os maiores rendimentos ou aumentar o IRS nos 2º e 3º escalões, os das classes médias, e baixar os impostos nos rendimentos mais elevados; baixar a dívida pública para 98,7% do PIB ou fazer subir a dívida pública para 131,6% do PIB, apesar da austeridade (corte de salários e subida de impostos)… Poderia citar muitos outros exemplos. 

Estão em oposição clara dois modelos para Portugal, um que defende o humanismo, a igualdade, a fraternidade, o crescimento económico e o desenvolvimento social, um país progressista, com orgulho da sua democracia, um Portugal Inteiro, e outro que quer fazer Portugal voltar para trás. Não, as políticas e os políticos não são todos iguais! É você quem decide! 

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