Opinião
Economia Circular, prestação de Contas e 25 de Abril
ECONOMIA CIRCULAR – “O Município de Famalicão apostado em acolher a Economia Circular no seu território, introduziu um sistema de recolha seletiva de resíduos alimentares – biorrresíduos. Desta forma, estes resíduos deixam de ser depositados em aterro sanitário e passam a ser valorizados, dando origem a um composto orgânico”. (Esta é uma transcrição, com pequenas alterações de escrita, de um folheto distribuído pela Câmara, na entrega de um contentor castanho e estabelecendo o início de recolha em 24 de abril de 2023). Nisto vale a pena investir! Para mais informações utilize o telefone nº 252320970.
MERCADO – Lembram-se de na semana anterior ter escrito que andei a visitar a Praça e o Mercado, tendo encontrado e dialogado com o presidente da câmara? Continuei a visita e passei pelo Mercado, na ocasião muito frequentado. Ouvimos lamentos de uma simpática comerciante que disse do frio e chuva que apanhava no inverno, do calor que ali acontecia no verão, obrigando-a a recolher diariamente os produtos perecíveis, e ainda do elevador de cargas, ali próximo, que não aguenta o peso das paletes e avaria frequentemente. A funcionalidade do Mercado deixa muito a desejar. Foram prestadas contas dessas obras?
REPUXOS LUMINOSOS – Regressamos à Praça e observamos o extenso deserto de pedra com repuxos luminosos, perguntando para quê, gastar tanto dinheiro com este arranjo quando ali ao lado o parque infantil é tão pequeno.
PALA – E nem vale a pena falar da pala para resolver o problema do quiosque “ Mascotinha”. Não ata nem desata e tanto dinheiro ali já se derrapou.
CONTAS E OPOSIÇÃO – E já que falámos em dinheiro. A oposição na câmara, se bem me lembro, pediu documentação da entrega da obra para verificar se tudo ficou cumprido como mandava o contrato de obras e para saber das razões da forte derrapagem no prazo e nos custos. Já recebeu essa documentação? Insistiu? Anda a dormir? Não informa?
BIBLIOTECA MUNICIPAL – E as obras de renovação da Biblioteca Municipal (provisoriamente instalada no Centro Social da Igreja) como estão? Também com derrapagem no prazo e nos custos? Estou só a perguntar.
ÁRVORES – No dia 13.4.2023, de manhã, a Rua Senador Sousa Fernandes (antiga EN nº 14 – antes da Rua de Santo António) foi fechada ao trânsito automóvel para cortar as árvores que lá existiam frondosas do lado direito no sentido Porto-Braga. O PAN reagiu e bem, mas sem êxito. Ficou o protesto e este tem o seu significado. Custa a acreditar que em plena primavera se cortem árvores que tanta falta nos fazem para melhorar o meio ambiente. Não se podia ao menos prolongar-lhes a vida até ao outono? E cortá-las porquê? O PAN pediu explicações e não lhes foram dadas. Os restantes partidos calaram-se, que se saiba. Vai ficar assim?
GESTOR DO CENTRO URBANO – Lembram-se de ter sido anunciado há largos meses pela câmara um/a gestor/a do centro urbano para dar explicações aos cidadãos sobre as obras e sobre o centro urbano no seu todo? Deveria andar pelas ruas e ouvir as críticas, sugestões e os elogios dos cidadãos. Sei que chegou a ser nomeada uma pessoa para o efeito. Que é feito dela? Desapareceu? Teve medo?
HOSPITAL – Julgar que a organização e funcionamento do Hospital é um problema apenas do Governo e do seu conselho de administração é pensar pouco. Os famalicenses têm direito a um hospital de muita qualidade e devem lutar por ele. O seu necessário alargamento deve ser objeto de discussão pública. Não basta fazer obras de vez em quando. Os famalicenses, a câmara municipal, a assembleia municipal, a Santa Casa da Misericórdia, o conselho de administração do CHMA devem estar atentos e devem dizer o que pensam e informar o que se passa. Até porque parece haver informação não revelada. 25 DE ABRIL SEMPRE! – Quem se lembra que antes do 25 de Abril vivíamos num regime que censurava o que se escrevia nos jornais e nos meios de comunicação social, que mandava para uma guerra sem solução os jovens de todo o país, que perseguia ou mandava para a prisão quem tinha opiniões diferentes, que organizava eleições fraudulentas, quem viveu tudo isso sabe a alegria que foi o 25 de Abril de 1974. Eu vivi-a e vivo-a intensamente. E só tenho pena que muitos de nós não saibamos ainda que democracia é liberdade com responsabilidade
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