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Opinião

Vencedores e vencidos

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Por José Leite

O grande vencedor nacional das Autárquicas de 2021 foi indubitavelmente Carlos Moedas que surpreendentemente derrotou o todo poderoso e aspirante (agora ferido de morte para lá chegar) a Secretário-Geral do Partido Socialista, Fernando Medina, que pagou os erros da sua dúbia governação marcada por alguns escândalos e pela prepotência e altivez com que tratou a oposição. Os lisboetas deram, assim, um óbvio sinal de alerta a António Costa. Será apenas uma pequena marca do desgaste socialista ou de uma nova era na esfera e no xadrez político nacional? O futuro o dirá.

Igualmente assinalável foi a vitória de José Manuel Silva já que derrota num feudo socialista, o dinossauro coimbrão Manuel Machado, com o simbolismo maior de triunfar perante o também Presidente da Associação Nacional de Municípios, o que traz ao PSD um sabor especial para este equilíbrio de forças.

Também no Funchal é de notar a recuperação de um bastião laranja que reforça claramente a posição do governo social-democrata da Madeira, liderado por Miguel Albuquerque.

Relativamente ao município vizinho de Santo Tirso, há que destacar a vitória esmagadora do Partido Socialista (60,3%) que reduz a cinzas (18,6%) um PSD local que não consegue reerguer-se há já vários anos, fruto da desorientação, fragmentação e ausência de líderes carismáticos e populares, para derrotar um PS arrebatador que venceu todas as freguesias do concelho. 

Quanto ao nosso distrito de Braga, o Presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Braga, o famalicense Paulo Cunha, tem motivos para sorrir já que obteve expressivamente mais votos e mais mandatos que o PS, tendo vencido a importante Câmara Municipal de Barcelos, embora tenha perdido para os socialistas Póvoa de Lanhoso (município bem mais pequeno e representativo face a Barcelos).

Por cá, em Vila Nova de Famalicão, a coligação “Mais Ação, Mais Famalicão”, liderada por Mário Passos, alcançou, uma vez mais, uma vitória esmagadora e uma maioria absoluta incontestável face aos seus opositores, quando o seu principal adversário apontou sempre para uma vitória do Partido Socialista. Este triunfo tem um sabor ainda mais especial para Mário Passos, pois não é fácil suceder a um político carismático e com tanta obra feita como é Paulo Cunha, além de toda a celeuma e intriga criada em torno das obras na cidade, bem como as artimanhas, truques e rasteiras que a oposição criou, com a propaganda e a conivência desenvergonhada de um “órgão de comunicação social” local que tentou a todo o custo denegrir diariamente a candidatura da coligação. Contudo, ficou provado que os famalicenses, na sua maioria, souberam bem separar “o trigo do joio” e que não se deixaram levar por essa estratégia concertada, maliciosa e maledicente. Destaque ainda para o Chega que foi a terceira força política mais votada e que elege um deputado municipal, para o BE que quase desapareceu e para a IL que ficou muito aquém daquilo que sonhou e ambicionava (foi mesmo muito “poucochinho”).

Em 2025, cá estaremos de volta. “Deus” assim o queira e permita!

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