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Opinião

Passaram as autárquicas

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Por Domingos Peixoto

Passaram as autárquicas 2021 quase sem problemas, pelo menos com “incidentes” pouco relevantes e alguns pequenos erros que motivaram adiamentos para o próximo domingo. A este nível a democracia revitaliza-se o que é sempre de louvar. Mas ainda havemos de falar muito sobre estas eleições porque os seus resultados e, sobretudo, os seus efeitos vão produzir-se doravante, talvez, durante os próximos 4 anos, altura em que o povo os avaliará.

Deixo uma análise mais concreta para a próxima semana, até porque, entretanto, a experiente e honrada comunicação social local se encarrega de dar todas as informações objetivas concelhias.

Porém, os parabéns aos vencedores são devidos desde já – neste momento só sei de Mário Passos na câmara e de Manuel Silva na junta do Louro, e aos vencidos o agradecimento pela sua honrosa participação que, em democracia, tem um papel tão importante quanto aqueles apesar de funções diferentes, mas que se espera sejam de uma oposição honrada, honesta e afincada na defesa dos interesses coletivos que todos – eleitos e não eleitos – têm o dever fundamental de levar à prática, mesmo tendo em conta que quem perdeu os concretizaria por uma via diferente.

Mas há outro aspeto em que a “nossa” democracia funciona muito mal e corre sérios riscos de derrocada, sendo dever de todos lutar contra eles o mais possível: trata-se da elevada abstenção! Quem “ignora – ou provocatoriamente não comparece -” as eleições, o seu direito e mais que direito o dever de votar, contribui para a anarquia, o salve-se quem puder, as ditaduras, a desonra da humanidade. E se não quer participar da democracia, da intervenção cívica, da sociedade comum com os direitos pelas diferenças do foro individual deveria arcar com todas as responsabilidades da sua atitude, perdendo todos os argumentos à contestação. Vejamos um pormenor de simples compreensão: se em cada 10 pessoas 5 não votam, como os vencedores são eleitos pelo maior número de votos, pode chegar-se ao extremo, na melhor das hipóteses no caso de dois concorrentes, de apenas 3 dessas 10 pessoas decidirem por todos! E não é “apenas uma questão da democracia” a funcionar, é a razão de cada vez menos pessoas decidirem pelos outros, o que é o caminho inexorável para os abusos de toda a ordem…

E agora, que já não “interfiro” em nada da campanha e das eleições, não por que pense que a vereação que deixa a gestão agiu sem legitimidade, permitam-me que façam aqui alguns pedidos ao presidente eleito, Mário Passos, investido de novas responsabilidades, algumas das quais delegáveis:

– Aproveite, senhor presidente, para rever todo o projeto das obras no centro da cidade, talvez ainda vá a tempo para repor algumas coisas no devido lugar e evite acumular a dívida;

– Vou à escola D. Maria II quase todos os dias e hoje, para o período da tarde, era uma confusão enorme por causa dos autocarros não terem espaço adequado. Tome a seu encargo “olhar” para aquele espaço – sobre o qual escrevi há pouco tempo pedindo a atenção da câmara – e providencie uma solução segura e sossegada para todos;

– Quanto ao projeto do terminal ferroviário para Ancede, que tal se parasse mais uma vez, talvez à terceira, para além do investimento próprio aumentar mais significativamente, quem sabe as obras da câmara nos acessos permitissem definitivamente a ligação da Continental Mabor à A3 e uma passagem adequada sobre o Ave “para a outra margem”.

– Se Armindo Costa, alegadamente, construiu a Variante Nascente, que tal envidar a Variante Poente, que consideraria os acessos do pretendido terminal e, se olhassem para uma sugestão que fiz ao projeto “em repouso”, se arranjaria uma boa solução para a travessia do Ave e uma ligação em via dupla à zona do aeroporto em Moreira.

Obrigado pela atenção e mãos à obra, senhor presidente, Mário Passos.

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