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Opinião

Cidade: o plano de urbanização que faz falta

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Por António Cândido Oliveira

Tenho-o dito e repetido: a nossa cidade precisa de um plano de urbanização à altura da cidade que os famalicenses querem.

Volto a este assunto por ter visto o que se passou no dia 1 de novembro de 2021 junto ao cemitério municipal.  Desde logo, se tivéssemos um plano bem feito teria desaparecido a perigosa curva em frente do cemitério e haveria muito mais espaço para circular e estacionar. O atual acesso à entrada principal é estreitíssimo. Não houve a visão de desfazer aquela curva no momento em que ficou desativada a fábrica Alves, Oliveira e Machado, Lda produtora de artigos de cimento, desde logo os conhecidos postes “Águia”. Nessa altura, era fácil fazer naquele local um arranjo de vistas largas. Não se fez e antes se licenciou em plena curva um edifício para albergar um posto de inspeção de veículos automóveis!

Mas não é só isto. O que se fez junto da Estação dos Caminhos de Ferro é inaceitável. Em vez de se fazer ali o que se chegou a prometer: estacionamento para 380 veículos, acesso direto do parque de estacionamento para a gare e interface rodoviário, fez-se um minúsculo parque de estacionamento, deixou-se construir em terreno que era camarário (por expropriação dos anos 80) o que nunca se deveria ter sido construído e hoje temos o largo da estação que se conhece.

Mas não se fica por aqui. A zona de Mões chegou a ter adjudicada uma ligação ao centro da cidade através de uma passagem desnivelada pela Avenida 9 de Julho (a Avenida de Macedo e Macedo, Lda.), mas essa adjudicação ficou sem efeito em 2002 tendo sido indemnizado o adjudicatário. Hoje continuamos sem essa ligação. Acresce que é uma urbanização desastrada a que se fez nos últimos 20 anos em Mões, Santo Adrião e nada está acautelado junto do Hospital.

E já repararam na tortuosa Ponte do Vinhal sobre a linha do Minho. Sabem os leitores que não era isso que estava previsto no início deste século?

E de tantos erros de urbanismo na cidade poderíamos falar. Eles são enormes principalmente na periferia do perímetro urbano.

Não temos um plano de urbanização da cidade por incapacidade de PSD e PS os dois partidos que governam o nosso concelho desde 1976. Vamos continuar assim?

PS – Esperamos os documentos da zona envolvente do Tribunal que pedimos e nos foram prometidos. Entretanto chegaram-nos informações do município sobre a vespa asiática no nosso concelho.  Em 2014, data dos primeiros registos, foram destruídos 108 ninhos. A praga foi progredindo e este ano vamos já com 1167 ninhos destruídos de um total de 5390 ao longo destes 7anos. Que praga! É preciso acompanhar a sua evolução.

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