Opinião
Covid-19: vacinação sim ou sim?
Ao longo da história vários foram os momentos em que surgiram surtos epidemiológicos, apresentando algumas semelhanças, tanto na forma de propagação como na sua contenção. Revisitemos outras epidemias/pandemias: sucumbiram à peste Negra (1333 a 1351) cerca de 50 milhões de pessoas, a gripe Espanhola (1918 a 1919) implicou 20 milhões de mortos e vítimas de Sarampo vieram a falecer 6 milhões de pessoas até 1963. Em todas estas crises de saúde pública, a única variável constante é o comportamento humano.
Não restem dúvidas, a vacinação previne o aparecimento de doenças e permite a sua erradicação, eliminação ou controlo. Falemos claro, a vacinação salva vidas.
No processo de vacinação, treinamos o nosso corpo para se defender da patologia contra a qual nos estamos a vacinar. E é esse mesmo treino que vai permitir que, em momentos de infeção, o nosso corpo esteja preparado para nos defender. A vacinação “fortalece”, portanto, o nosso sistema imunitário e torna-o capaz de nos oferecer proteção face à doença.
No presente, a vacinação, é a nossa maior esperança no combate à pandemia COVID-19.
Grande parte dos receios relacionados com esta temática residem em 2 fatores: o curto prazo de desenvolvimento das diferentes vacinas e as notícias de 2 casos de reação alérgica, registados no Reino Unido. Vamos aos factos, e à ciência que os sustenta.
O tempo médio de desenvolvimento de uma nova vacina é de 10 anos, como foi possível desenvolver uma vacina segura e eficaz?
O que aconteceu é que nunca na história da humanidade, tantos, ao mesmo tempo e sem limitação de recursos, estiveram centrados na resolução do mesmo problema.
Qual o enquadramento das 2 situações de reação alérgica ocorridas no Reino Unido?
Dois pacientes sofreram uma reação alérgica grave à vacina. Estes eram pessoas previamente identificadas e pertencem ao grupo de doentes que fazem alergias graves a determinados alimentos e medicamentos e, por isso mesmo, faziam-se acompanhar, no seu dia a dia, do fármaco que permite tratar estas situações.
A população deverá aderir em massa ao plano de vacinação proposto pelo governo, uma vez que este constitui a principal arma de combate à pandemia que nos assola. Penso que todos concordaremos que o caminho é a vacinação, penso que não restam dúvidas. Só assim estaremos mais perto de cada abraço daqueles que amamos.
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